Segundo relatório da Emta, volume de negócios com bônus de mercados emergentes ficou em US$ 1,399 trilhão no primeiro trimestre de 2013, o que representa uma queda de 12% em relação mesmo período de 2012 e um crescimento de 10% em comparação com o quarto trimestre (Marcos Santos/USP Imagens)
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 17h27.
São Paulo - A Associação dos Traders de Mercados Emergentes (Emta, na sigla em inglês) anunciou nesta quinta-feira que os bônus do Brasil foram os mais negociados entre os instrumentos desses mercados no primeiro trimestre, com um giro de US$ 264 bilhões, ou 19% do total, com crescimento de 6% em relação aos US$ 250 bilhões do mesmo período de 2012 e de 84% em comparação com os US$ 143 bilhões do quarto trimestre do ano passado.
Os bônus brasileiros em moeda local também lideraram a atividade nessa classe de ativos, com US$ 216 bilhões.
Essa demanda foi verificada antes de o governo suspender o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para investimentos em renda fixa por estrangeiros.
"Embora o crescimento do volume do mercado local no Brasil tenha sido positivo tanto em relação com o trimestre anterior como na comparação com o mesmo período do ano anterior, nós esperamos que ele cresça ainda mais com a redução do IOF para zero", disse o diretor executivo da Gramercy, Gunter Heiland.
De acordo com o relatório divulgado nesta quinta-feira pela Emta, o volume de negócios com bônus de mercados emergentes ficou em US$ 1,399 trilhão no primeiro trimestre de 2013, o que representa uma queda de 12% em relação ao US$ 1,582 trilhão do mesmo período de 2012 e um crescimento de 10% em comparação com o US$ 1,269 trilhão do quarto trimestre.
O giro em instrumentos dos mercados locais ficou em US$ 939 bilhões no primeiro trimestre deste ano, ou 67% do volume total, com uma queda de 10% em relação ao US$ 1,043 trilhão do primeiro trimestre de 2012 e um crescimento de 16% em comparação com os US$ 813 bilhões do quarto trimestre do ano passado.
Entre os eurobônus individuais de mercados emergentes mais negociados no primeiro trimestre de 2013, estavam os bônus da Rússia para 2030 (US$ 12 bilhões), os Par argentinos denominados em euro (US$ 5 bilhões), os do Brasil para 2021 US$ 4 bilhões), os da Rússia para 2042 (US$ 4 bilhões) e os da Colômbia para 2021 (US$ 4 bilhões).
Depois do Brasil, os instrumentos de mercados emergentes mais negociados no primeiro trimestre foram os da Rússia, com US$ 139 bilhões, o que representa um crescimento de 7% em relação ao mesmo período de 2012 e uma redução de 8% em comparação com o quarto trimestre de 2012.
Em terceiro lugar, ficou o México, com um giro de US$ 130 bilhões, com queda de 44% em relação ao primeiro trimestre de 2012 e uma redução de 25% em comparação com o quarto trimestre do ano passado.