No Brasil, o Banco Central divulgou déficit em transações correntes de 3,109 bilhões de dólares em outubro, abaixo da mediana das previsões (Divulgação/Banco Central)
Da Redação
Publicado em 22 de novembro de 2011 às 13h29.
São Paulo - A revisão do crescimento da economia dos Estados Unidos no terceiro trimestre aumentou nesta terça-feira o desconforto do mercado, mantendo as bolsas perto da estabilidade em Wall Street após a forte queda do dia anterior.
Ainda assim, as entrelinhas do relatório sobre o Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano sugerem que a economia está prestes a engrenar no quarto trimestre, desde que a crise na zona do euro não estoure nas economias avançadas.
O PIB dos Estados Unidos cresceu 2,0 por cento no terceiro trimestre, abaixo do crescimento de 2,5 por cento reportado na primeira leitura e também estimado por economistas.
Mas a persistência dos gastos dos consumidores e a primeira queda dos estoques empresariais desde o quarto trimestre de 2009 abrem espaço para uma melhor performance. Em Nova York, os índices Dow Jones e Standard & Poor's 500 operavam em queda, mas menor que a baixa de cerca de 2 por cento na segunda-feira. O Ibovespa também operava no vermelho, e o dólar se sustentava acima de 1,80 real.
Às 17h, o mercado aguarda a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve. A publicação foi antecipada em um dia por causa do feriado de Ação de Graças, na quinta-feira.
O índice de confiança do consumidor da zona do euro recuou a menos 20,4 em novembro, ante menos 19,9 em outubro.
No Brasil, o Banco Central divulgou déficit em transações correntes de 3,109 bilhões de dólares em outubro, abaixo da mediana das previsões de 12 analistas consultados, que projetava déficit de 3,5 bilhões de dólares. "O balanço de pagamentos continua confortável. O atual déficit em transações correntes permanece administável, ajudado pelo robusto superávit comercial", escreveram os economistas Marcelo Carvalho e Gustavo Arruda, do BNP Paribas.
Veja como estavam os principais mercados às 13h52 desta terça-feira: CÂMBIO O dólar era cotado a 1,8155 real, em alta de 0,14 por cento frente ao fechamento anterior.
BOVESPA - O Ibovespa caía 1,03 por cento, para 55.704 pontos. O volume financeiro na bolsa era de 2,03 bilhão de reais.
ADRs BRASILEIROS - O índice dos principais ADRs brasileiros cedia 1,44 por cento, a 28.126 pontos.
JUROS - O DI para janeiro de 2013 estava em 9,980 por cento ao ano, estável frente ao ajuste anterior.
EURO - A moeda comum europeia era cotada a 1,3493 dólar, ante 1,3494 dólar no fechamento anterior.
GLOBAL 40 - O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, subia para 130,750 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,321 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS - O risco Brasil caía 8 pontos, para 233 pontos-básicos. O EMBI+ cedia 3 pontos, a 384 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA - O índice Dow Jones caía 0,53 por cento, a 11.485 pontos, o S&P 500 perdia 0,54 por cento, a 1.186 pontos, e o Nasdaq tinha queda de 0,53 por cento, aos 2.509 pontos.
PETRÓLEO - Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto subia 0,64 dólar, ou 0,66 por cento, a 97,56 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS - O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, tinha variação positiva, oferecendo rendimento de 1,9601 por cento ante 1,965 por cento no fechamento anterior.