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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.
Nova York - As Bolsas de Nova York abriram o dia em baixa, em direção contrária ao fechamento de ontem, com o anúncio de aumento nos novos pedidos de auxílio-desemprego agravando as preocupações com o ritmo da recuperação da economia dos Estados Unidos. Os mercados também amanheceram incomodados com o potencial impacto de eventual rebaixamento da nota da dívida soberana grega sobre a carteira do Banco Central Europeu (BCE), que tem papéis gregos tomados como garantias. Os investidores temem ainda que a crise grega se espalhe por outros países com situação fiscal frágil, comprometendo a recuperação europeia.
Às 11h39 (de Brasília), o índice Dow Jones caía 1,39%, o Nasdaq recuava 1,38% e o S&P 500 registrava baixa de 1,41%. Os dados de hoje desfizeram o entusiasmo gerado ontem pela declaração do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Ben Bernanke, de que as taxas de juros, por enquanto, serão mantidas em baixa.
Bernanke sinalizou que também nos EUA a recuperação enfrenta percalços. Hoje, o Departamento do Trabalho informou que o número de trabalhadores que pediram auxílio-desemprego pela primeira vez durante a semana passada subiu 22 mil, para 496 mil, contrariando a expectativa de queda de 13 mil.
Também foi divulgado o aumento de 3% nas encomendas por bens duráveis em janeiro, o dobro da alta de 1,5% prevista. A alta das encomendas foi puxada por encomendas de aviões comerciais, que saltaram 126% em janeiro, depois de queda no fim de 2009.
Sem qualquer outro indicador previsto para hoje, os investidores se voltam ao depoimento de Bernanke no Senado, especialmente à sessão de perguntas e respostas, em que o presidente do BC pode se aprofundar em questões de interesse do mercado. No depoimento escrito, Bernanke repetiu as considerações de ontem.
Em relação à Grécia, a agência de classificação de risco Standard & Poor's alertou ontem que pode rebaixar os ratings (classificação de risco) de longo prazo da Grécia no próximo mês. A Moody's, fez um alerta similar. Os economistas da Comissão Europeia continuam vendo com preocupação o efeito dos problemas fiscais gregos e de outros países da região. As informações são da Dow Jones.