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Bolsas fecham em direções mistas com incertezas na Grécia

Apesar disso, o índice Stoxx 600 subiu 0,11%, impulsionado pela expectativa de que não haja uma crise sistêmica na zona do euro e por valorização do petróleo


	Bolsa de Londres: ganhos no FTSE foram ajudados por valorização nas ações das mineradoras BHP Billiton e Antofagasta
 (Jason Alden/Bloomberg)

Bolsa de Londres: ganhos no FTSE foram ajudados por valorização nas ações das mineradoras BHP Billiton e Antofagasta (Jason Alden/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 29 de dezembro de 2014 às 15h17.

São Paulo - As bolsas europeias encerraram o pregão desta segunda-feira em tendências mistas, com os investidores ponderando o impacto das eleições gerais na Grécia, após o Parlamento do país falhar em eleger um novo presidente.

Apesar disso, o índice Stoxx 600 subiu 0,11%, para os 344,27 pontos, impulsionado pela expectativa de que não haja uma crise sistêmica na zona do euro e por valorização do petróleo no início das negociações.

O candidato do governo grego à Presidência foi rejeitado pelo Parlamento pela terceira e última vez.

Stavros Dimas precisava de 180 votos favoráveis para ser eleito, mas conseguiu apenas 168, forçando o país a convocar eleições gerais para o dia 25 de janeiro.

Nas urnas, os investidores temem que a população do país dê a vitória a políticos contrários às medidas de austeridade.

Refletindo as tensões políticas, o Athex, principal índice da bolsa de Atenas, encerrou o pregão do dia em terreno negativo, com recuo de 3,91%, aos 819,81 pontos.

Apesar de significativa, a variação foi bem menor que a queda de 11% registrada imediatamente após o resultado da votação no Parlamento ser divulgado.

A indecisão lançou uma onda de pessimismo sobre os mercados europeus, que já operavam em queda e renovaram mínimas após o resultado da votação.

Na Itália e na Espanha, o receio de que uma vitória do partido Syriza nas eleições da Grécia possa estimular o avanço da oposição em seus países reforçou as perdas nas bolsas.

A bolsa de Milão teve o pior desempenho dentre os maiores mercados acionários do continente. O índice FTSEMIB recuou 1,15%, para os 19.130,02 pontos.

As ações no país, sobretudo no segmento bancário, também foram afetadas negativamente por uma queda no índice de confiança dos consumidores. Em Madri, o índice IBEX35 recuou 0,84%, para os 10.394,20 pontos, e em Lisboa o PSI20 caiu 0,74% e foi aos 4.884,88 pontos.

Apesar da insegurança dos investidores, analistas acreditam que o risco de uma contaminação da crise da Grécia em outros países é menor, já que a Europa tem se precavido contra isso por meio de fundos de suporte e do compromisso do Banco Central Europeu (BCE) em fazer o possível para manter as reformas nos países.

"Como resultado, a tragédia para a Grécia provavelmente não se tornaria uma crise sistêmica para a zona do euro como um todo", avalia o economista-chefe do banco Berenberg, Holger Schmieding.

Isso ajudou alguns países a se recuperarem ao longo do dia. A bolsa de Londres teve alta de 0,36%, aos 6.633,51 pontos.

Os ganhos no índice FTSE foram ajudados por valorização nas ações das mineradoras BHP Billiton (+2,78%) e Antofagasta (+1,27%), além de avanço menor em papéis das petroleiras Shell (+0,23%) e BP (+0,28%).

As ações destas empresas foram impulsionadas por valorização do petróleo na manhã desta segunda-feira. O movimento, no entanto, foi revertido já no início da tarde.

O índice DAX também fechou o dia em avanço, de 0,05%, aos 9.927,13 pontos.

Em Frankfurt, a Allianz registrou recuo de 0,3% no valor de seus papéis, com os investidores contabilizando uma provável queda do avião da AirAsia, da qual uma de suas unidades era a seguradora líder.

Na França, o CAC 40 subiu 0,51% e encerrou o pregão na máxima, aos 4.317,93 pontos, refletindo ganhos liderados pelas ações do Carrefour e da GDF Suez. Com informações da Dow Jones Newswires.

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