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Bolsas europeias sobem, a despeito de crise nos EUA

Os investidores se animam com os sinais de que aliados do ex-primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, vão apoiar o governo de Enrico Letta


	Índice DAX na bolsa de valores de Frankfurt, na Alemanha: o índice alemão subiu 1,10%, para 8.689,14 pontos
 (Remote/Lizza May-David/Reuters)

Índice DAX na bolsa de valores de Frankfurt, na Alemanha: o índice alemão subiu 1,10%, para 8.689,14 pontos (Remote/Lizza May-David/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2013 às 14h38.

Londres - As bolsas europeias ignoraram os riscos gerados pela paralisação parcial do governo dos Estados Unidos e fecharam em alta, com ajuda dos sinais de que aliados do ex-primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, vão apoiar o governo de Enrico Letta em um voto de confiança, nesta quarta-feira, 2. O índice pan-europeu Stoxx Europe 600 terminou a sessão com +0,8%, aos 312,86 pontos.

"Nós vimos uma grande liquidação nos últimos dias, portanto parte disso (as preocupações com a paralisação do governo dos EUA) pode já ter sido embutida nos preços", Richard Perry, estrategista da Central Markets em Londres.

Alguns indicadores bons contribuíram para o avanço das ações da região. O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial da zona do euro caiu para 51,1 na leitura final de setembro. Apesar da queda, o resultado ficou em linha com a estimativa inicial em setembro e permaneceu acima de 50, indicando expansão da atividade.

Além disso, o número de desempregados na zona do euro diminuiu pelo terceiro mês consecutivo em agosto, para 19,178 milhões, ante 19,183 milhões em julho. A taxa de desemprego ficou em 12% em agosto, igual à leitura revisada de julho, que havia sido originalmente calculada em 12,1%.

A Bolsa de Londres foi a única entre as principais da Europa a fechar em queda, com -0,03%, aos 6.460,01 pontos. Unilever foi o destaque negativo ao cair 3,4% em consequência da revisão para baixo nas estimativas de vendas da empresa para o terceiro trimestre deste ano, em razão da desaceleração do consumo nos mercados emergentes.


O índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, subiu 1,10%, para 8.689,14 pontos. Commerzbank e Siemens foram os destaques entre as blue chips, ambas com alta de 3,2%. Por outro lado, Henkel caiu 1,6%, afetada pelo alerta de lucro da concorrente britânica Unilever. Em Paris, o índice CAC-40 avançou 1,28% e fechou na máxima, aos 4.196,60 pontos, com Crédit Agricole (+2,5%) e Société Générale (+2,7%) entre as maiores altas.

Milão teve o melhor desempenho do dia, fechando na máxima, aos 17.977,06 pontos, uma alta de 3,11%. A crise política italiana pareceu perder força diante dos rumores de que um número significativo de senadores - incluindo 40 aliados de Berlusconi - votarão a favor de Letta amanhã.

Os bancos lideraram os ganhos, depois de sofrerem perdas nos últimos dias em razão da crise. Intesa Sanpaolo subiu 5,7% e UniCredit apresentou +5,0%. Telecom Italia teve alta de 5,2% depois de o Goldman Sachs reiterar a recomendação de "compra" para os papéis da empresa. Mediaset, que é considerada ligada ao destino do governo, subiu 5,5%.

A Bolsa de Madri terminou a sessão com o índice Ibex-35 em alta de 1,69%, aos 9.341,50 pontos, o nível de fechamento mais alto desde julho de 2011, puxada por empresas de construção e bancos.

Além do alívio com a Itália, as construtoras também foram beneficiadas pelo anúncio da Sacyr de que colocou sua incorporadora de bens imóveis à venda depois de receber sinais de interesse. Sacyr subiu 5,4%, ACS avançou 4,6% e FCC ganhou 2,4%. Entre os bancos, Caixabank e Bankinter tiveram alta de 3,3%.

Em Lisboa o índice PSI-20 também fechou na máxima, com +0,49%, aos 5.982,85 pontos. A queda de 3,9% nas ações da varejista Jerónimo Martins impediu maiores ganhos no índice. Fonte: Dow Jones Newswires.

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