Bolsa de Madri: em Madri, o índice IBEX-35 registrou avanço de 1,42%, aos 10584,10 pontos, com queda em apenas seis ações (Cristina Quicler/AFP)
Da Redação
Publicado em 3 de abril de 2014 às 15h21.
São Paulo - Os mercados de ações da Europa fecharam majoritariamente em alta nesta quinta-feira, 3, depois que os comentários do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, alimentaram as expectativas de medidas adicionais de estímulo. O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou o dia com modesta alta de 0,09%, aos 337,25 pontos.
O dirigente afirmou que o banco está pronto para tomar mais medidas de estímulo, incluindo políticas não convencionais, caso seja necessário, para estimular o crescimento econômico e para combater os riscos de inflação baixa.
Segundo Draghi, o conselho do BCE discutiu a possibilidade de um programa de relaxamento quantitativo, corte em juros e taxas de depósito negativas. Os comentários de presidente do BCE foram feitos em uma coletiva de imprensa, após o banco ter mantido sua política monetária inalterada.
Segundo traders, o mercado de ações comemorou os comentários de Draghi, resultando em altas em papéis do setor financeiro. As ações dos bancos franceses Société Generale, BNP Paribas e Crédit Agricole subiram 1,2%, 1,1% e 0,8%, respectivamente, o que levou o índice CAC 40, de Paris, a fechar em alta de 0,42%, aos 4449,33 pontos.
Em Milão, o índice FTSE Mib encerrou com ganho de 1,38%, aos 21992,08 pontos, liderado por avanço de 2,3% no papéis do Banca Monte dei Paschi di Siena, alta de 2,8% nos do UniCredit e ganho de 3,2% nas ações do Intesa Sanpaolo.
Mais cedo, os mercados mostravam reações mistas a indicadores divergentes da região. Em fevereiro, as vendas no varejo da zona do euro aumentaram 0,4% na comparação com janeiro, o que surpreendeu analistas que, conforme pesquisa da Dow Jones, previam recuo de 0,7%.
Por outro lado, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços do bloco recuou de 52,6 em fevereiro para 52,2 em março. O dado ficou abaixo da previsão dos analistas, que esperavam queda menor a 52,4. Apesar dessa surpresa negativa, esse foi o oitavo mês seguido em que o indicador permaneceu acima de 50, o que indica expansão da atividade.
Fora da Europa, analistas receberam com bons olhos a notícia de que o primeiro ministro da China, Li Keqiang, anunciou que pretende acelerar a construção de ferrovias e habitação popular ainda este ano.
O plano aparece como reação de Pequim para tentar tranquilizar os investidores de que o governo chinês não permitirá que a economia desacelere demais.
Com isso, o índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, fechou em leve alta de 0,06%, aos 9628,82 pontos, e o índice PSI-20, de Lisboa, ganhou 0,44%, aos 7714,17 pontos. Em Madri, o índice IBEX-35 registrou avanço de 1,42%, aos 10584,10 pontos, com queda em apenas seis ações.
A exceção do pregão foi a Bolsa de Londres, onde índice FTSE fechou em baixa de 0,15%, aos 6649,14 pontos após uma sessão marcada pela volatilidade.
Mais cedo, o índice de gerentes de compras do setor de serviços do Reino Unido caiu a 57,6 em março, de 58,1 em fevereiro, abaixo das expectativas dos analistas consultados pela Dow Jones Newswires, que previam avanço para 58,5.
Embora o setor de serviços britânico esteja em expansão há 15 meses seguidos, a leitura de fevereiro foi a mais baixa desde junho de 2013.
Além disso, o presidente do Banco da Inglaterra (BoE), Mark Carney, disse que as taxas de juros podem ser elevadas antes da próxima eleição no Reino Unido, mas a recuperação que tem sido vista em Londres precisa primeiro se espalhar e gerar aumento no número de empregos em todo o país, segundo informações do jornal Northern Echo.