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Bolsas europeias fecham em queda, pressionadas pela China

Durante a sessão europeia, o banco central da China (PBoC, na sigla em inglês) informou que irá injetar 140 bilhões de iuanes no sistema financeiro


	Notas de iuane: A injeção de recursos no sistema financeiro ocorreu um dia depois de o BC chinês anunciar corte da taxa de juros e do compulsório dos bancos
 (AFP)

Notas de iuane: A injeção de recursos no sistema financeiro ocorreu um dia depois de o BC chinês anunciar corte da taxa de juros e do compulsório dos bancos (AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2015 às 15h40.

São Paulo - As principais bolsas da Europa encerraram o pregão desta quarta-feira, 26, em queda, em meio a dúvidas de que os estímulos anunciados pela China possam dar suporte à segunda maior economia do planeta. O índice pan-europeu Stoxx 600 recuou 1,75%, para 350,14 pontos.

Durante a sessão europeia, o banco central da China (PBoC, na sigla em inglês) informou que irá injetar 140 bilhões de iuanes (US$ 21,80 bilhões) no sistema financeiro, por meio de operações de liquidez de curto prazo.

A injeção de recursos no sistema financeiro ocorreu um dia depois de o BC chinês anunciar corte da taxa de juros e do compulsório dos bancos, em mais uma medida para estimular a economia.

"Os cortes de taxas pelo PBoC estão longe de ser suficientes para apoiar a economia da China neste momento de desaceleração, fazendo com que a pressão por mais ações pelo banco central continuem", escreveu, em nota, o analista-chefe de mercado da FXTM, Jameel Ahmad.

"Não se engane. A meta de crescimento chinês de 7% do PIB é absolutamente crítica e as autoridades vão fazer o que for preciso para limitar a desaceleração econômica."

O recuo das bolsas europeias hoje ocorreu um dia depois de fortes avanços, em um sinal de alta volatilidade dos mercados. "Esses fortes movimentos estão vivos no mercado nesta semana", afirmou o analista de pesquisa da Markets Accendo Augustin Eden.

Em meio a forte volatilidade, alguns ativos são particularmente afetados. Os papéis da gigante suíça de agroquímicos Syngenta recuaram 18,19% hoje, liderando as perdas do índice Stoxx 600, depois de a Monsanto retirar sua oferta de compra pela companhia. Ontem, as ações da empresa avançaram 5,93%.

Em Milão, novamente as ações altamente expostas à China tiveram recuo, também em um movimento de realização dos lucros de ontem. Os papéis da empresa de luxo Tod's perderam 2,61% e os da montadora Fiat Chrysler cederam 2,27%. O índice FTSE-MIB recuou 0,81%, para 21.473,81 pontos.

Na Alemanha, as ações de tecnologia pesaram sobre as negociações. Os papéis da SAP recuaram 3,29% e lideraram as perdas do índice DAX. Ao final, a bolsa de Frankfurt teve queda de 1,29%, para 9.997,43 pontos, abaixo de 10 mil pontos pela segunda vez desde 14 de janeiro.

As ações de mineradoras pressionaram a bolsa de Londres, que fechou em queda de 1,68%, aos 5.979,20 pontos. Os papéis da BHP Billiton cederam 1,13%, os da Fresnillo perderam 7,04% e os da Rio Tinto recuaram 1,98%.

O índice CAC-40, da bolsa de Paris, fechou em queda de 1,40%, aos 4.501,05 pontos. A bolsa de Madri baixou 1,29%, para 9.984,50 pontos, e a de Lisboa perdeu 0,99%, encerrando em 5.164,19 pontos.

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