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Bolsas europeias fecham em baixa e acumulam queda

Segundo analistas da Markit, está muito claro que falta senso de urgência aos líderes da Europa desde o mês passado

Em Milão, o índice FTSE MIB caiu 0,62%, para 16.028,80 pontos (Wikimedia Commons)

Em Milão, o índice FTSE MIB caiu 0,62%, para 16.028,80 pontos (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2011 às 15h35.

Londres - Os principais índices do mercado de ações da Europa fecharam em baixa, pressionados por receios com a economia dos Estados Unidos e com a aparente morosidade dos governos europeus para implementar medidas de combate à crise das dívidas soberanas.

Segundo analistas da Markit, está muito claro que falta senso de urgência aos líderes da Europa desde o mês passado, quando foram anunciadas medidas emergenciais para ajudar a Grécia e evitar que a crise de confiança nas dívidas da zona do euro se espalhe para as grandes economias da região. Hoje, o comissário econômico da União Europeia (UE), Olli Rehn, tentou acalmar o mercado afirmando que a Comissão Europeia tem como objetivo reforçar a Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês).

Apesar disso, "ele não abordou a questão mais importante: o tamanho da EFSF, que precisa ser aumentado várias vezes para que esse mecanismo possa barrar de forma confiável uma eventual disseminação" da crise para Itália ou Espanha, acrescentou a Markit.

As bolsas receberam leve suporte após dados mostrarem que a economia dos EUA criou 117 mil novos empregos em julho, mais do que as 75 mil vagas esperadas. A taxa de desemprego do país também caiu, de 9,2% para 9,1%. Esses dados foram alguns dos poucos indicadores norte-americanos positivos divulgados recentemente.

O índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 1,76%, para 238,88 pontos, seu menor nível de fechamento desde julho de 2010. Na semana, a queda acumulada foi de 9,94%.

Na Bolsa de Londres, o FTSE-100 recuou 2,71%, para 5.246,99 pontos. Em Paris, o CAC 40 perdeu 1,26%, para 3.278,56 pontos. Na Bolsa de Frankfurt, o Xetra DAX fechou em baixa de 2,78%, a 6.236,16 pontos. Na semana, o Xetra DAX liderou a queda entre esses três índices, recuando -12,89%, seguido por CAC 40 (-10,70%) e pelo FTSE 100 (-9,77%).

Em Milão, o índice FTSE MIB caiu 0,62%, para 16.028,80 pontos. O IBEX 35, da Bolsa de Madri, recuou 0,18%, para 8.671,20 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 teve queda de 1,20%, para 6.249,21 pontos. O ASE, da Bolsa de Atenas, perdeu 2,25%, para 1.062,00 pontos.

Na semana, esses quatro índices também acumularam queda, liderados pelo FTSE MIB, que caiu 13,04%, seguido por ASE (-11,80%), IBEX 35 (-9,96%) e PSI 20 (-9,34%).

Philippe Gijsels, diretor de pesquisas do BNP Paribas Fortis Global Markets, destacou o declínio relativamente pequeno das bolsas de Madri e Milão na sessão de hoje. "Quando os índices mais prejudicados começam a se recuperar, pode ser um sinal de que já caímos o suficiente", afirmou, acrescentando que os investidores também podem estar cobrindo posições vendidas caso as autoridades europeias anunciem qualquer tipo de medida no final de semana.

Entre os destaques da sessão, o banco francês Natixis subiu cerca de 11% em Paris depois de divulgar um declínio de 3% no lucro do segundo trimestre na comparação com um ano antes. As ações da Alcatel-Lucent subiram 3,5% depois de terem perdido cerca de um terço de seu valor nas últimas sete sessões.

Em Londres, os papéis do Royal Bank of Scotland Group recuaram 6,9%, mas chegaram a cair mais de 20% depois de anunciar que registrou prejuízo no segundo trimestre, em parte devido a perdas com títulos da Grécia. As informações são da Dow Jones.

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