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Bolsas europeias fecham em baixa após PMI fraco

Índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou a sessão com queda de 0,51%, a 346,31 pontos


	Bolsa de Madri: índice Ibex 35 fechou em queda de 0,33%, a 11.118,30 pontos
 (Cristina Quicler/AFP/AFP)

Bolsa de Madri: índice Ibex 35 fechou em queda de 0,33%, a 11.118,30 pontos (Cristina Quicler/AFP/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2014 às 14h05.

São Paulo - As bolsas europeias fecharam em baixa generalizada nesta segunda-feira, reagindo a dados decepcionantes de atividade da zona do euro, que acabaram prevalecendo sobre a boa notícia de que a indústria chinesa voltou a se expandir.

O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou a sessão com queda de 0,51%, a 346,31 pontos.

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto do bloco europeu, que mede os setores industrial e de serviços, caiu para 52,8 na leitura preliminar de junho, de 53,5 em maio.

A previsão era de queda menor, a 53,3. O resultado da zona do euro foi pressionado tanto pelo PMI composto da Alemanha, que recuou de 55,6 para 54,2 na mesma comparação, quanto pelo da França, que diminuiu de 49,3 para 48,0.

Números acima de 50 indicam contração de atividade, enquanto leituras abaixo desse nível sugerem contração.

Para François Savary, chefe de investimentos do banco suíço Reyl, os investidores vinham esperando "uma aceleração bem mais forte" na atividade econômica europeia nos últimos meses.

Diante da decepção com os PMIs europeus, a recuperação da indústria chinesa ficou em segundo plano. Segundo o HSBC, o PMI industrial preliminar da China voltou a indicar expansão ao subir para 50,8 em junho, de 49,4 em maio, atingindo o maior nível em sete meses.

As questões do Iraque, que enfrenta o avanço de insurgentes nas regiões norte e oeste, e da Ucrânia, cujo governo recentemente declarou um cessar-fogo, continuam sendo fatores de preocupação, mas não estiveram no foco dos investidores hoje.

Indicadores melhores que o esperado dos EUA, tanto de atividade quanto do setor imobiliário, também foram ignorados na Europa.

Em Londres, o índice FTSE 100 caiu 0,36%, a 6.800,56 pontos, em parte pressionado por empresas do setor imobiliário, como Barratt Developments (-2,72%) e Persimmon (-1,14%).

Existe a expectativa de que o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) recomende na próxima quinta-feira (25) medidas para desacelerar o mercado imobiliário britânico.

Por outro lado, mineradoras como BHP Billiton (+1,92%) e Rio Tinto (+1,61%) foram beneficiadas pelo indicador chinês.

No mercado francês, o CAC 40 perdeu 0,57%, a 4.515,57 pontos. O destaque de baixa em Paris foi a Alstom, cujos papéis despencaram 4,11% após o governo francês chegar a um acordo para comprar futuramente, da Boygues, uma participação de 20% na empresa francesa. Com isso, o caminho ficou livre para a General Electric completar a aquisição da maior parte da Alstom.

Em Madri, o índice Ibex 35 fechou em queda de 0,33%, a 11.118,30 pontos.

O Santander, maior banco espanhol em valor de mercado, recuou 0,34%, após anunciar a compra das unidades da GE Money Nordic Holding na Suécia, Dinamarca e Noruega, por cerca de 700 milhões de euros.

O FTSE Mib, de Milão, teve o pior desempenho do dia, com perda de 1,33%, a 21.694,75 pontos, influenciado por bancos como UniCredit (-1,6%) e Intesa Sanpaolo (-1,5%). Em Frankfurt, o índice Dax cedeu 0,66%, a 9.920,92 pontos.

O conglomerado alemão Siemens caiu 1,7%, após perder a disputa pela Alstom para a GE.

Em Lisboa, o PSI 20 também apresentou queda mais robusta, de 1,09%, a 7.021,63 pontos. Com informações da Dow Jones Newswires.

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