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Bolsas europeias fecham em alta após indicadores bons

Expectativa de que Banco Central Europeu (BCE) iniciará um programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês) também alimentou os ganhos dos mercados


	Bolsa de Frankfurt: o índice DAX fechou com alta de 2,39% no dia e de 1,06% na semana
 (AFP)

Bolsa de Frankfurt: o índice DAX fechou com alta de 2,39% no dia e de 1,06% na semana (AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2014 às 15h20.

São Paulo - Indicadores de bom desempenho da indústria alemã e do mercado de trabalho americano levaram as principais bolsas europeias a fecharem em alta.

A expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) iniciará um programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês) também alimentou os ganhos dos mercados. O índice Stoxx 600 fechou em alta de 1,64%, aos 350,54 pontos.

As encomendas à indústria da Alemanha avançaram 2,5% em outubro ante setembro.

O número veio acima das projeções de analistas consultados pela Dow Jones Newswires, que estimavam alta de 0,6%.

O indicador ajudou a contrabalançar as previsões do banco central alemão, conhecido como Bundesbank, que revisou as previsões de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país para 1,4% em 2014, de 1,9%, e para 1,0% em 2015, de 2,0%.

O índice DAX, em Frankfurt, fechou aos 10.087,12 pontos, com alta de 2,39% no dia e de 1,06% na semana.

As ações da automobilística Daimler tiveram os maiores ganhos, de 3,60%, após informar que a demanda na Europa e na China ajudou a impulsionar as vendas da Mercedes em 13% em novembro.

Durante a sessão, os EUA divulgaram que foram criados 321 mil empregos em novembro, melhor resultado desde janeiro de 2012.

O número ficou bem acima da expectativa de analistas consultados pela Dow Jones Newswires, que previam a abertura de 230 mil vagas.

Os dados de geração de empregos de outubro e setembro foram revisados para cima, com um aumento de 44 mil vagas. A taxa de desemprego ficou estável em 5,8% no mês passado, em linha com o esperado.

Os resultados do payroll foram percebidos pelos mercados como um sinal de que a economia americana está se recuperando, alimentando as discussões sobre o novo ciclo de aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano).

Apesar de o presidente do BCE, Mario Draghi, ter deixado claro nos comentários feitos na quinta-feira, 4, de que um eventual relaxamento quantitativo pode acontecer no primeiro semestre de 2015, mas não necessariamente em janeiro, alguns investidores estão na expectativa pelo anúncio de estímulos monetários no próximo mês.

"Na reunião de 22 de janeiro ou de 5 de março o BCE poderá iniciar um amplo programa de compra de ativos", afirmou Nick Lawson, operador de ações do Deutsche Bank.

Em Milão, o FTSE Mib subiu 3,41%, para 20.087,23 pontos, com destaque para o setor bancário.

Os papéis do Intensa Sanpaolo ganharam 7,05% e do Banca Popolare dell'Emilia Romagna avançaram 6,05%.

"Após os movimentos negativos de ontem motivados pelas palavras decepcionantes de Draghi, o mercado reverteu o curso com os dados positivos, especialmente vindos da Alemanha", afirmou um operador. Na semana, a alta da bolsa de Milão foi de 0,36%.

O índice FTSE-100, de Londres, ganhou 0,95%, para 6.742,84 pontos. Na semana, o avanço foi de 0,30%.

Em Paris, o CAC-40, fechou aos 4.419,48 pontos, com alta de 2,21% na sessão e de 0,67% na semana. O Ibex 35, de Madri, subiu 2,64%, para 10.900,70 pontos.

Na semana, o ganho foi de 1,21%. Em Lisboa, o PSI-20, avançou para 5.261,33 pontos, uma alta de 1,86% no dia e de 1,65% na semana.

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