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Bolsas europeias caem em dia de análise do governo Trump

A bolsa de Londres fechou em baixa de 1,21%, Paris perdeu 0,28% e Frankfurt caiu 0,15%

Bolsa: após abrir em alta na esteira do rali de ontem, o índice Stoxx 600 fechou em baixa de 0,30% (Chris Ratcliffe/Bloomberg)

Bolsa: após abrir em alta na esteira do rali de ontem, o índice Stoxx 600 fechou em baixa de 0,30% (Chris Ratcliffe/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de novembro de 2016 às 16h41.

São Paulo - Em dia de agenda esvaziada de indicadores, as principais bolsas na Europa tiveram viés positivo ao longo da manhã desta quinta-feira, 10, com exceção de Londres, mas acabaram terminando majoritariamente em queda, com os investidores realizando recentes lucros e ainda digerindo a eleição de Donald Trump à presidência dos EUA. A queda acentuada do petróleo também contribuiu para as perdas.

Após abrir em alta na esteira do rali de ontem, o índice Stoxx 600 fechou em baixa de 0,30%. Ao longo da sessão, os investidores passaram a digerir melhor a eleição de Trump, o que tem gerado dúvidas. As ações de saúde e de metais preciosos tiveram inicialmente os maiores ganhos, mas o otimismo fracassou no final do pregão e arrastou os mercados globais mais baixos. As ações das mineradoras Fresnillo e Randgold, negociadas em Londres, tiveram queda de mais de 10%.

A bolsa de Londres fechou em baixa de 1,21%, Paris perdeu 0,28% e Frankfurt caiu 0,15%. Já a bolsa de Madri recuou 1,63%, Lisboa cedeu 1,74%, enquanto Milão teve alta de 0,03%.

A queda do petróleo pesou em Londres, assim como balanços fracos da Mediclinic International, do setor de saúde, e da AstraZeneca, do setor farmacêutico.

As ações tiveram queda de 15,65% e 3,74%, respectivamente. Por outro lado, as ações de bancos, de defesa e de mineração continuaram a subir em meio ao otimismo dos investidores em relação ao governo de Trump, que prometeu maior desregulamentação financeira, crescimento econômico e gastos com infraestrutura e defesa.

Entre os destaques de alta, as ações da Antofagasta dispararam 11% diante do desempenho do cobre que tem tido avanço acentuado nos últimos 14 dias.

"A perspectiva de que as taxas de juros sejam mais altas nos EUA e menor regulação no setor financeiro sob a presidência de Trump ajudou todos os bancos europeus", disse James Hughes, analista de mercado da GKFX.

Já em Frankfurt, a retração foi mais limitada. Por lá, a bolsa também passou por realização dos recentes ganhos. A esperança de uma flexibilização das regras bancárias nos EUA fez o papel do Deutsche Bank fechar em alta de 5,6%. Entre as quedas, a ação do Deutsche Telekom caiu 1,8%.

Além disso, o conglomerado industrial alemão Siemens registrou lucro líquido de 1,15 bilhão de euros (US$ 1,25 bilhão) no quarto trimestre fiscal.

O resultado representa um avanço de 20% na comparação com igual período do ano passado, quando o lucro foi de 959 milhões de euros, impulsionado por um crescimento subjacente forte na maioria de suas divisões de negócios.

A ação fechou em alta de 4,24%. (Com informações da Dow Jones Newswires)

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