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Bolsas de Nova York recuam sob clima de incerteza

Nova York - As bolsas de Nova York abriram o dia em baixa, em meio ao clima de cautela no mercado internacional. Mais cedo, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean Claude-Trichet, afirmou que "as incertezas permanecem particularmente altas". Às 10h42 (horário de Brasília), o índice Dow Jones caía 1,11%, o Nasdaq baixava 1,48%, […]

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2011 às 11h05.

Nova York - As bolsas de Nova York abriram o dia em baixa, em meio ao clima de cautela no mercado internacional. Mais cedo, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean Claude-Trichet, afirmou que "as incertezas permanecem particularmente altas". Às 10h42 (horário de Brasília), o índice Dow Jones caía 1,11%, o Nasdaq baixava 1,48%, e o S&P 500 tinha queda de 1,30%.

Hoje, os Estados Unidos divulgaram que o número de trabalhadores do país que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego caiu 1 mil, para 400 mil, contrariando a expectativa de aumento de 7 mil. No entanto, nem mesmo esse dado positivo serviu para dar ânimo aos investidores. Pelo contrário. Apesar de esse resultado ser melhor do que o estimado, ele ainda é muito pior do que a queda de 21 mil registrada na semana passada. Além disso, o investidor está buscando bons números para se apoiar, enquanto espera pelos dados oficiais sobre o mercado de trabalho dos EUA (payroll), que serão divulgados amanhã.

A impressão que se tem é que todos estão esperando novamente pelo pior, o que leva o preço do ouro a seguir em escalada e os juros dos Treasuries (títulos do Tesouro dos EUA) a caírem mais, com o juro do T-Bond de 30 anos se mantendo abaixo de 4%. Na Europa, o BCE decidiu manter a taxa de juros básica em 1,50%, após aumento de 0,25 ponto porcentual em julho. Trichet disse que eles vão "continuar monitorando muito de perto todos os acontecimentos com respeito aos riscos de alta para a estabilidade dos preços".

Na Itália, o primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, tentou ontem acalmar os mercados dizendo que a forte alta nos custos de financiamento do país é uma questão de confiança, mas tem a ver com problemas nas casas dos outros países, como Estados Unidos e Japão, e que a dívida soberana italiana está sendo mal avaliada pelos mercados.

No pré-mercado, as ações da Kraft Foods disparavam com a notícia de que a companhia vai se dividir em duas, separando os negócios globais de salgadinhos dos negócios relacionados a gêneros alimentícios na América do Norte. Além disso, a empresa melhorou hoje a perspectiva de lucros para o ano, após divulgar resultado trimestral melhor do que o esperado.

Os papéis da GM subiam, após a montadora informar que seu lucro no segundo trimestre praticamente dobrou, indo para US$ 2,5 bilhões, de US$ 1,3 bilhão no mesmo período do ano passado.

As ações de várias varejistas que divulgaram bons resultados de vendas em julho em lojas abertas há mais de um ano também subiam no pré-mercado, entre elas a Macy's, a Gap e a Target.

Já os papéis da Pfizer caíam, após a farmacêutica informar que planeja colocar no mercado uma versão mais popular do medicamento Lipitor, usado para baixar o colesterol, para que o remédio possa ser comprado sem prescrição médica.

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