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Bolsas de NY fecham em forte baixa com embate comercial entre EUA e China

Índice Dow Jones fechou em queda de 1,33%, aos 24.252,80 pontos; o S&P 500 recuou 1,37%, aos 2.717,07 pontos; e o Nasdaq recuou 2,09%, aos 7.532,01 pontos

Wall Street: índice de volatilidade VIX, considerado o "medidor de medo", saltou 25,85%, aos 17,33 pontos, no maior avanço diário em três meses (John Moore/Getty Images)

Wall Street: índice de volatilidade VIX, considerado o "medidor de medo", saltou 25,85%, aos 17,33 pontos, no maior avanço diário em três meses (John Moore/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de junho de 2018 às 18h39.

São Paulo - Os mercados acionários americanos encerraram o pregão desta segunda-feira, 25, em forte baixa, à medida que os investidores continuaram monitorando a crescente escalada das tensões comerciais envolvendo Estados Unidos e China.

O índice Dow Jones fechou em queda de 1,33%, aos 24.252,80 pontos; o S&P 500 recuou 1,37%, aos 2.717,07 pontos; e o Nasdaq recuou 2,09%, aos 7.532,01 pontos. Entre os setores, as techs as perdas do dia, com o subíndice de tecnologia do S&P 500 em baixa de 2,28%, aos 1.217,55 pontos.

Já o índice de volatilidade VIX, considerado o "medidor de medo" de Wall Street, saltou 25,85%, aos 17,33 pontos, no maior avanço diário em três meses.

Ao redor do mundo, investidores se assustaram com a perspectiva de uma guerra comercial envolvendo Washington e Pequim. Embora as tarifas anunciadas até o momento pelo governo de Donald Trump - e as medidas de retaliação da China - sejam bastante restritas, analistas temem que as tensões possam aumentar e se espalhar para outras grandes economias.

No fim de semana, alguns jornais como o Wall Street Journal e o Financial Times, apontaram que Trump planejava restringir os investimentos de algumas empresas chinesas em companhias de tecnologia americanas. A medida foi negada, no fim da tarde, pelo diretor do Conselho de Comércio da Casa Branca, Peter Navarro.

Na avaliação do diretor de investimentos do Neuberger Berman, Joseph Amato, o comércio tem sido o foco principal dos investidores, embora não haja uma enorme preocupação com uma possível ruptura para a economia mundial.

Além disso, ele apontou que o mercado também não está preocupado com as tarifas que irão afetar uma pequena porção de produtos, observando que "há muitas outras maneiras pelas quais os chineses poderiam ferir a economia dos EUA. É com isso que o mercado está preocupado".

Na manhã de domingo, o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) anunciou o corte de 0,5 ponto porcentual no compulsório bancário, que passará a valor a partir de 5 de julho, um dia antes da tarifa americana de 25% imposta sobre US$ 50 bilhões em produtos chineses passar a vigorar. A medida reacendeu a possibilidade de que o banco central possa desvalorizar o yuan.

As techs sofreram, ainda, com a falta de acordo entre os republicanos para a aprovação de um projeto de reforma imigratória nos EUA. As ações da Netflix foram as que mais sofreram, afetadas, ainda, pela demissão do diretor de comunicações da companhia na última sexta-feira por usar um insulto racial em ao menos duas ocasiões.

A companhia despencou 6,47%. Entre outras empresas de tecnologia, Amazon caiu 3,06%, Facebook perdeu 2,67%, Twitter recuou 3,73%, Spotify cedeu 5,84% e Google teve baixa de 2,57%.

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