Bolsa de Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro perdia 0,81%, o Nasdaq recuava 0,94% e o S&P 500 tinha baixa de 0,86% (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 11 de junho de 2013 às 10h58.
Nova York - As bolsas norte-americanas devem iniciar a terça-feira em baixa, sinalizam os índices futuros, que operam em forte queda após o decisão do Banco Central do Japão (BoJ, na sigla em inglês) deixar a política monetária do país asiático inalterada.
Às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro perdia 0,81%, o Nasdaq recuava 0,94% e o S&P 500 tinha baixa de 0,86%.
A decisão do BoJ de não tomar novas medidas para estimular a economia provocou quedas fortes na Ásia, que se arrastaram para a Europa até chegar a Wall Street.
O aumento da aversão ao risco desta manhã contrasta com o otimismo de ontem, que veio justamente da revisão para cima dos números da expansão do Produto Interno Bruto (PIB) japonês no primeiro trimestre.
"A lua de mel com o mercado asiático acabou", é o título de uma análise da equipe de gestores da Standard Life Investments, avaliando o quadro da região. Dados mais fracos de crescimento na China e agora a relutância do BoJ em mudar trazem preocupação, sobretudo porque a economia japonesa está estagnada há 20 anos, destaca o relatório.
Os gestores também questionam a atual estratégia do iene fraco, que não tem trazido benefícios ao país. "Os custos para importar aumentaram, o preço dos bônus subiram e a vasta maioria das empresas japonesas, que dependem da economia doméstica, não estão vendo nenhum benefício desta estratégia."
Ainda com relação à política monetária dos países desenvolvidos, os investidores e economistas em Wall Street estão atentos a uma audiência do Tribunal Constitucional da Alemanha, que analisa a legalidade do mecanismo de reposta para a crise do Banco Central Europeu (BCE), particularmente do plano de compra de bônus no mercado financeiro para tentar estimular a economia da zona do euro, que deve ter o segundo ano de recessão em 2013.
A audiência já está em andamento e deve ser concluída amanhã.
Nos EUA, o único indicador antes da abertura do mercado foi divulgado nesta manhã, o índice de otimismo das pequenas empresas de maio. O indicador subiu para 94,4 no mês passado, ante 92,1 em abril.
Foi o melhor número em um ano e o segunda maior desde o início da recessão causada pela crise financeira mundial em 2008, de acordo com a Federação Nacional de Empresas Independentes (NFIB, na sigla em inglês), responsável pelo relatório.
Após a abertura do mercado, o Departamento de Comércio divulga os estoques no atacado de abril, às 11h (de Brasília). A previsão do banco BMO Capital Markets é de alta de 0,3%, nível não muito diferente do que foi em abril, quando a expansão foi de 0,4%.
Os números do atacado antecedem as estatísticas mais esperadas, das vendas no varejo de maio, que serão divulgadas na quinta-feira. O Bank of America Merrill Lynch projeta expansão de 0,5%, sobretudo por conta da expansão das vendas de automóveis.
Apesar do crescimento ainda modesto, se a previsão for confirmada, deve mostrar uma melhora ante abril, quando as vendas no varejo tiveram alta de apenas 0,1%.
No noticiário corporativo, o destaque de alta nesta manhã de quedas generalizadas era o papel da operadora de telefonia Sprint Nextel. O SoftBank do Japão concordou ontem à noite em elevar a oferta para adquirir a companhia para US$ 21,6 bilhões, com o objetivo de tirar do páreo a proposta da Dish Network, que também tenta adquirir a Sprint. O papel da operadora subia 2,51% no pré-mercado.
Já o papel da Apple recuava 0,39% no pré-mercado. Ontem, a empresa anunciou uma nova versão do seu sistema operacional iOS no início de sua conferência mundial para desenvolvedores, que vai até a próxima sexta-feira (14) e deve continuar sendo acompanhada de perto por Wall Street.