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Bolsas de NY caem com ambiguidade de Trump sobre China e Coreia do Norte

Dow Jones encerrou em queda de 54,95 pontos (-0,22%), aos 24.713,98 pontos, enquanto o Nasdaq cedeu 15,83 pontos (-0,21%), aos 7.382,47 pontos

Wall Street: o S&P 500 teve ligeiro recuo de 2,33 pontos (-0,09%), para 2.720,13 pontos (Drew Angerer/Getty Images)

Wall Street: o S&P 500 teve ligeiro recuo de 2,33 pontos (-0,09%), para 2.720,13 pontos (Drew Angerer/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de maio de 2018 às 19h11.

São Paulo - As bolsas de Nova York fecharam em baixa nesta quinta-feira, 17, em um pregão marcado por oscilações dos principais índices, após falas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o futuro das relações do país com a China e a Coreia do Norte.

O Dow Jones encerrou em queda de 54,95 pontos (-0,22%), aos 24.713,98 pontos, enquanto o Nasdaq cedeu 15,83 pontos (-0,21%), aos 7.382,47 pontos.

O S&P 500 teve ligeiro recuo de 2,33 pontos (-0,09%), para 2.720,13 pontos, com suas perdas minimizadas pelo salto de 1,31% do subíndice de energia. O composto setorial fechou aos 578,51 pontos, no nível mais alto desde 22 de maio de 2015.

Em rápida conversa com repórteres no Salão Oval da Casa Branca, Trump declarou que as práticas comerciais de Pequim nos últimos anos causaram uma "retirada de riqueza (dos EUA) como ninguém jamais viu" e que esse "roubo" não vai mais acontecer. Mas culpou os líderes americanos que o antecederam na Casa Branca, e não a China, por esse desequilíbrio.

Já em relação às manifestações de Pyongyang que transparecem dúvidas quanto à realização do encontro com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, previsto para ocorrer em Cingapura, em 12 de junho, o presidente dos EUA disse apenas: "Se a reunião acontecer, aconteceu. Se não acontecer, não aconteceu e nós seguimos em frente".

Foi justamente enquanto Trump se pronunciava que as bolsas de Nova York se firmaram no campo negativo, ao renovarem sucessivas mínimas.

A onda baixista, contudo, não contaminou o setor de energia. Embora as cotações do petróleo em Nova York e em Londres tenham fechado perto da estabilidade, o panorama geopolítico sugerido pela reinstauração de sanções dos EUA contra o Irã manteve ambos os contratos em alta consistente ao longo da maior parte da sessão, dando fôlego a ações de empresas desse segmento. Os papéis da Chevron subiram 0,79%, os da Schlumberger ganharam 1,81% e os da Chesapeake escalaram 9,16%.

Na agenda de indicadores, a distrital da Filadélfia do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) revelou que o índice de atividade regional subiu para 34,4 em maio, muito acima da previsão de 20,5 de analistas consultados pelo Wall Street Journal.

Além disso, o índice de indicadores antecedentes do Conference Board avançou 0,4% em abril na comparação com março, em linha com as projeções. Já os pedidos de auxílio-desemprego, divulgados pelo Departamento do Trabalho dos EUA, subiram 11 mil na semana passada, para 222 mil, acima da estimativa de 215 mil por economistas.

O noticiário corporativo também teve vez nas bolsas. Mais cedo, Walmart revelou um lucro líquido de US$ 2,13 bilhões no primeiro trimestre, abaixo do contabilizado no período correspondente do ano passado, mas anunciou aumento nas vendas. Mesmo assim, suas ações encerraram o dia com queda de 1,90%, com investidores receosos sobre o acordo do grupo para adquirir a varejista indiana FlipKart. (Com informações da Dow Jones Newswires)

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