Mercados

Bolsas de NY avançam após Livro Bege e venda de autos

A Apple teve valorização de 2,07%, após a consultoria Cantor Fitzgerald iniciar sua cobertura do papel com recomendação de "compra" e preço-alvo de US$ 777


	Dow Jones e outros índices na bolsa de Nova York: índice Dow Jones ganhou 96,91 pontos (0,65%), fechando a 14.930,87 pontos
 (Spencer Platt/Getty Images)

Dow Jones e outros índices na bolsa de Nova York: índice Dow Jones ganhou 96,91 pontos (0,65%), fechando a 14.930,87 pontos (Spencer Platt/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2013 às 18h04.

Nova York - As Bolsas de Nova York fecharam em alta nesta quarta-feira, 4, após um relatório do Federal Reserve (Fed, autoridade monetária norte-americana) mostrar que a economia dos Estados Unidos continua se expandindo, embora em um ritmo lento.

Dados positivos sobre vendas de automóveis também animaram. Apesar dos ganhos, os receios de um ataque à Síria continuaram no foco, após o Comitê de Relações Exteriores do Senado norte-americano aprovar uma resolução nesse sentido.

O índice Dow Jones ganhou 96,91 pontos (0,65%), fechando a 14.930,87 pontos. O Nasdaq avançou 36,43 pontos (1,01%), encerrando a sessão a 3.649,04 pontos. O S&P 500 teve alta de 13,31 pontos (0,81%), terminando a 1.653,08 pontos.

O Fed afirmou, em seu relatório Livro Bege, que a economia dos EUA está se expandindo em um ritmo "de modesto a moderado", impulsionada pelos gastos dos consumidores com automóveis e moradias.

Oito dos 12 distritos do banco central relataram crescimento econômico moderado, três falaram em expansão modesta e o de Chicago afirmou que a atividade econômica melhorou.

"A alta dos preços das residências e das taxas de juro das hipotecas pode ter provocado uma recuperação recente na atividade do mercado imobiliário, já que muitos que estavam esperando para comprar uma casa foram estimulados a comprometer-se agora", diz o estudo.

Após o presidente dos EUA, Barack Obama, pressionar o Congresso a aprovar o ataque à Síria, como punição pelo provável uso de armas químicas pelo regime de Bashar al-Assad, o Comitê de Relações Exteriores do Senado aprovou uma resolução nesse sentido.


O projeto, entretanto, ainda precisa ser votado pelo plenário da Casa e pela Câmara dos Representantes. Os deputados estão em recesso e só devem discutir o assunto na próxima semana.

Mais cedo, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que "não exclui" o apoio a uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) a ataques punitivos contra a Síria, caso fique provado que Damasco usou armas químicas contra o próprio povo. A declaração foi feita em entrevistas à Associated Press e a um canal estatal russo em sua casa, nas proximidades de Moscou, antes da reunião dos países do Grupo dos 20 (G-20), que começa na quinta-feira, 5, em São Petersburgo.

Na agenda de indicadores econômicos, o Instituto para Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês) divulgou que seu índice de condições empresariais em Nova York caiu para 60,5 em agosto, de 67,8 em julho, mas continua acima de 50, o que indica expansão. O Departamento do Comércio revelou que o déficit comercial do país avançou para US$ 39,15 bilhões em julho, um pouco acima das previsões dos analistas, de US$ 39 bilhões.

Enquanto isso, os investidores aguardam o relatório do governo sobre o mercado de trabalho (payroll) em agosto, que será divulgado na sexta-feira, 6. Ele deve ser um dos principais fatores na decisão do Fed sobre quando começar a reduzir suas medidas de estímulo.

Nas notícias corporativas, as ações de montadoras tiveram forte alta, impulsionadas pelo avanço na venda de carros em agosto. No geral, as vendas de veículos novos nos EUA tiveram alta anual de 11% no mês passado, de acordo com estimativas do site especializado Edmunds.com. As ações da Ford subiram 3,49% e a GM ganhou 5,01%. "Isso é um ótimo indício de que os consumidores estão se sentido melhor em relação à situação da economia", disse Richard Sichel, diretor de investimento da gestora Philadelphia Trust.

A Apple teve valorização de 2,07%, após a consultoria Cantor Fitzgerald iniciar sua cobertura do papel com recomendação de "compra" e preço-alvo de US$ 777.

A Microsoft caiu 2,13%, registrando a terceira sessão consecutiva de baixa após o anúncio da compra da unidade de celulares da Nokia por mais de US$ 7 bilhões. A rede social de profissionais LinkedIn perdeu 2,93%, depois de revelar um plano para vender pelo menos US$ 1 bilhão em ações ordinárias para o público. Fonte: Dow Jones Newswires.

Acompanhe tudo sobre:Dow JonesMercado financeiroMetrópoles globaisNasdaqNova York

Mais de Mercados

Casas Bahia reduz prejuízo e eleva margens, mas vendas seguem fracas; CEO está confiante na retomada

Tencent aumenta lucro em 47% no 3º trimestre com forte desempenho em jogos e publicidade

Ações da Americanas dobram de preço após lucro extraordinário com a reestruturação da dívida

Na casa do Mickey Mouse, streaming salva o dia e impulsiona ações da Disney