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Da Redação
Publicado em 19 de outubro de 2011 às 11h15.
Nova York - As bolsas de Nova York abriram em baixa, sem fôlego para seguir no campo positivo por muito tempo. Hoje, o investidor ainda digere o resultado abaixo do esperado no balanço da Apple e busca clareza em meio ao cenário incerto na zona do euro. Por outro lado, dados positivos no setor de construção nos Estados Unidos, e a inflação dentro do esperado ajudam a minimizar as perdas. Às 11h52 (horário de Brasília), o índice Dow Jones caía 0,19%, o Nasdaq recuava 0,74%, e o S&P 500 tinha retração de 0,26%.
As ações da Apple despencavam mais cedo, no pré-mercado. A empresa divulgou ontem que seu lucro no quarto trimestre fiscal cresceu 54% ante igual período do ano anterior, chegando a US$ 7,05 por ação, enquanto a receita avançou 39%, para US$ 28,27 bilhões. O resultado, porém, ficou abaixo do previsto por analistas, que esperavam um lucro por ação de US$ 7,39 e receita de US$ 29,69 bilhões. Segundo a empresa, rumores sobre o lançamento do iPhone 4S atrapalharam as vendas em setembro.
Hoje, o Departamento de Comércio dos EUA divulgou que as obras de moradias iniciadas cresceram 15% em setembro, para 658 mil, o maior nível em um ano e meio, superando as expectativas de alta para 595 mil. Já o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) avançou 0,3% no mês passado, em base sazonalmente ajustada, dentro do esperado.
Na Europa, relatos da imprensa ontem afirmaram que França e Alemanha concordaram em ampliar a Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) para 2 trilhões de euros. Isso ajudou a impulsionar as bolsas de Nova York ontem, mas hoje o entusiasmo está mais contido. A União Europeia afirmou que a notícia é errada e simplista, apesar de líderes do bloco terem dito que as negociações sobre a alavancagem do fundo de resgate estão progredindo. No campo das más notícias está o rebaixamento, pela agência Moody's, da nota de classificação de risco dos bônus soberanos da Espanha em dois graus, de Aa2 para A1.
Além disso, cresce a insatisfação popular nos países desenvolvidos com a situação precária das economias e medidas de austeridade fiscal. A Grécia começou hoje greve geral de 48 horas. Em Portugal a greve geral foi marcada para 24 de novembro. Em Nova York, manifestantes do movimento "Ocupe Wall Street" continuam acampados nas proximidades da bolsa de valores.