Em Frankfurt, as ações da Kabel Deutschland avançaram 2,6%, enquanto o índice DAX teve alta de 0,4%, para 8.127,96 pontos (REUTERS/Kai Pfaffenbach)
Da Redação
Publicado em 14 de junho de 2013 às 14h55.
Londres - As bolsas da Europa fecharam em alta nesta sexta-feira, mas acumularam perdas pela quarta semana seguida, depois de várias sessões marcadas por volatilidade em meio à cautela dos investidores com a reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) da próxima semana.
O tom positivo desta sexta-feira foi sustentado pela perspectiva de que o Fed será comedido quando começar a reduzir os estímulos para a economia dos EUA, mas indicadores fracos do país pesaram negativamente.
O índice Stoxx Europe 600 fechou com alta de 0,2%, aos 291,13 pontos, recuperando-se, parcialmente, de quatro dias de baixas. Na semana, o índice caiu 1,5%. ]
"O mercado está numa fase de correção no momento e, como resultado, estamos vendo alguns movimentos erráticos em ambas as direções", afirmou o analista da Central Markets Joe Neighbour.
Entre os indicadores norte-americanos que influenciaram as bolsas europeias, estiveram a produção industrial, que ficou estável em maio, em vez de subir 0,1% como esperado, e o índice de confiança do consumidor medido pela Reuters/Universidade de Michigan, que caiu para 82,7 na leitura preliminar de junho, ante previsão de 84.
Além disso, o Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou a previsão de crescimento da economia americana em 2014 e afirmou que o banco central dos EUA deveria dar continuidade ao programa de compra de bônus até pelo menos o fim de 2013.
Na Bolsa de Londres, o índice FTSE-100 encerrou a sessão com alta de 0,06%, aos 6.308,26 pontos, reduzindo os ganhos no fim. Na semana, o índice teve queda de 1,62%. Vodafone subiu 0,8% depois de relatos de que a empresa pode fazer uma oferta formal pela Kabel Deutschland Holding dentro de alguns dias, de acordo com fontes.
Em Frankfurt, as ações da Kabel Deutschland avançaram 2,6%, enquanto o índice DAX teve alta de 0,4%, para 8.127,96 pontos. Mas ThyssenKrupp apresentou o maior ganho, de 3%, revertendo a perda sofrida nesta quinta-feira, 13, em razão de dificuldades no Brasil que os operadores temem poder prejudicar a venda da CSA. O DAX perdeu 1,54% na semana.
O índice CAC-40 da Bolsa de Paris ganhou 0,2% nesta sexta-feira, para 3.805,16 pontos, e caiu 1,74% desde o início da semana. Michelin foi destaque, com avanço de 4,7%, depois de anunciar várias medidas de reestruturação que foram bem recebidas. Renault subiu 1,2% em seguida a comentários positivos de analistas, enquanto Pernod Ricard perdeu 1,1% após ter a recomendação rebaixada por analistas.
Milão viu o índice FTSE MIB subir 0,23%, para 16.152,91 pontos, embora na semana tenha havido queda de 3,24%. No setor bancário, Banca Popolare di Milano avançou 4,7%, Monte dei Paschi di Siena cedeu 1,0% e UniCredit declinou 0,4%.
Mas a maior baixa, de 6,3%, foi registrada pelo RCS Mediagroup, em reação à aprovação pelo conselho da empresa dos detalhes finais de um aumento de capital de até 421 milhões de euros.
Madri fechou a sexta-feira praticamente estável, com leve queda de 0,01%, aos 8.070,90 pontos, e terminou a semana com -2,37%. A agência de classificação de risco Standard & Poor's manteve o rating do país em BBB-, mas não expressou confiança nos compromissos do governo com as reformas econômicas.
O destaque ficou por conta da Sacyr-Vallehermoso, que saltou 9,1% após revelações de que a BlackRock comprou uma fatia de 3,1% na empresa. Banco Popular caiu 2,6%. O índice PSI-20 da Bolsa de Lisboa subiu 0,66%, para 5.769,51 pontos, acumulando perda de 1,38% na semana. Fonte: Dow Jones Newswires.