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Bolsas da Europa sobem; Frankfurt e Paris têm nível recorde, após BCE indicar alívio à frente

Entre os ativos individuais, Novo Nordisk subiu com resultado positivo em um teste para um remédio alternativo ao Ozempic

Bolsa de Valores de Frankfurt, na Alemanha (picture alliance/Getty Images)

Bolsa de Valores de Frankfurt, na Alemanha (picture alliance/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 7 de março de 2024 às 16h47.

As bolsas da Europa fecharam no território positivo nesta quinta-feira, 7, com os índices referenciais de Frankfurt e Paris nas máximas históricas, com os investidores assimilando sinalizações de que o Banco Central Europeu (BCE) pode começar um processo de flexibilização monetária antes que a inflação atinja a meta. Confirmando as expectativas de analistas, a instituição manteve a taxa de juros na zona do euro em encontro realizado nesta quinta-feira.

Entre os ativos individuais, a Novo Nordisk subiu com resultado positivo em um teste para um remédio alternativo ao Ozempic. Já as ações da Hugo Boss derreteram na sequência da apresentação de projeções frustrantes de vendas.

Entre os principais mercados da região, o FTSE 100, de Londres, subiu 0,17%, aos 7.692,46 pontos, sem conseguir se sustentar acima dos 7.700 pontos. Durante o pregão, o índice tocou a máxima intradiária de 7.711,78 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX teve variação de 0,71%, aos 17.842,85 pontos. O CAC-40, referencial da Bolsa de Paris, ganhou 0,77%, para encerrar aos 8.016,22 pontos. As cotações são preliminares.

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, reafirmou que o corte de juros na zona do euro virá antes que a inflação bata a meta de 2% da instituição, mas também renovou a cautela sobre o quadro. O BCE decidiu deixar suas principais taxas de juros inalteradas pela quarta vez consecutiva. A taxa de refinanciamento do BCE permanece em 4,50%, a de depósitos, em 4%, e a de empréstimos, em 4,75%.

A ação da Novo Nordisk disparou 8% na Bolsa de Copenhague, após a gigante farmacêutica dinamarquesa revelar, nesta quinta-feira, que seu remédio oral experimental Amycretin levou participantes a apresentar perda de peso média de 13,1% após 12 semanas, de acordo com um teste em fase 1.

A notícia "mostra que a empresa não está parada e já está se preparando para uma vida depois do Ozempic", disse o diretor de investimentos da Tema ETFs, Yuri Khodjamirian.

Para o analista, a notícia reforça a posição da Novo, já que agora ela tem várias alternativas ao Ozempic/Wegovy, cuja patente expira em 2031/32, incluindo o Cagrisema e agora Amycretin, para ajudar a tornar seus negócios no segmento de obesidade mais promissores.

Em Frankfurt, a Hugo Boss caiu 12,9%. A empresa espera um crescimento mais lento nas vendas e nos lucros este ano e alertou que poderá não cumprir a projeção de vendas para 2025, devido ao sentimento fraco do consumidor.

A companhia alemã de moda premium disse na quinta-feira que espera que as vendas cresçam entre 3% e 6%, para cerca de 4,30 bilhões de euros a 4,45 bilhões de euros (US$ 4,69 bilhões a US$ 4,85 bilhões) em 2024, ante expectativas dos analistas de 4,56 bilhões de euros. Em 2023, a Hugo Boss registrou lucro líquido de 258 milhões de euros, o que representou alta de 23% ante o ano anterior. O resultado superou a previsão dos analistas consultados pela FactSet, que era de 250 milhões de euros.

Em Paris, as ações da Teleperformance despencaram 22,8%, respondendo pela maior queda porcentual do índice CAC-40, em meio a reações ao balanço da empresa de atendimento, suporte técnico, soluções digitais e back-office apresentado na quarta-feira.

O Ibex 35 fechou com variação de +1,20%, a 10.319,60 pontos, impulsionado por ganhos de mais de 4% das ações da Solaria, Rovi e Acciona.

Nos demais mercados, o FTSE MIB, de Milão, subiu 0,16%, a 33.418 68 pontos; em Lisboa, o PSI 20 foi na contramão da maioria e recuou 0,18%, aos 6.192,75 pontos. As cotações são preliminares.

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