Mercados

Bolsas da Europa recuam sob tensão na Ucrânia

Os investidores se movimentaram no sentido de reduzir riscos e levaram o índice Stoxx Europe 600 à queda de 0,88%, para 329,19 pontos


	Bolsa de Lisboa: papéis do Banco Comercial Português caíram 15,07%
 (Mario Proenca/Bloomberg)

Bolsa de Lisboa: papéis do Banco Comercial Português caíram 15,07% (Mario Proenca/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2014 às 15h48.

São Paulo - O aumento das tensões na Ucrânia, com a possibilidade de invasão russa, pesou sobre as bolsas europeias, que fecharam mais um pregão no vermelho.

Os investidores se movimentaram no sentido de reduzir riscos e levaram o índice Stoxx Europe 600 à queda de 0,88%, para 329,19 pontos.

As perdas foram generalizadas, potencializadas por dados econômicos que alimentaram as dúvidas quanto ao ritmo de recuperação da economia europeia.

Em Londres, o FTSE-100 baixou 0,69%, para 6.636,16 pontos, após o governo informar que a produção industrial do Reino Unido subiu 0,3% entre maio e junho, metade do que previam os analistas.

O destaque de perdas ficou com o setor farmacêutico, diante das quedas acentuadas nas ações da Shire (-4,02%), Smith & Nephew (-4,14%) e AstraZeneca (-3,58%).

Na Itália, a retração de 0,2% no Produto Interno Bruto (PIB) entre o primeiro e o segundo trimestres contrariou a expectativa dos economistas, de avanço de 0,2% no período, e provocou uma queda de 2,70% no índice FTSE-MIB, da Bolsa de Milão, que fechou aos 19.509,84 pontos. Com a queda, a economia italiana voltou oficialmente à recessão.

O setor bancário sofreu com a informação - as ações do UniCredit caíram 3,75%, acompanhadas pelos papéis do Intesa Sanpaolo (-3,22%) e da Banca Monte Paschi di Siena (-5,94%).

Em Frankfurt, o índice DAX recuou 0,65%, para 9.130,04 pontos, abatido pelos temores dos investidores em relação aos possíveis reflexos da crise envolvendo a Rússia sobre os negócios das companhias alemãs.

As encomendas à indústria do país caíram 3,2% entre maio e junho, segundo dados divulgados hoje pelo Ministério da Economia alemão, frustrando o mercado, que estimava alta de 0,8% no período.

As ações das montadoras baixaram com força - Daimler (-1,01%), Volkswagen (-0,94%), BMW (-0,52%).

As tensões em torno da Ucrânia ganharam fôlego na terça-feira, 05, quando autoridades relataram movimentos militares da Rússia na região.

Segundo a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), 20 mil soldados russos estariam se deslocando na proximidade da fronteira com o país vizinho.

A Alemanha reiterou seu apelo para que a Rússia desista de movimentos que possam contribuir para uma nova escalada das tensões na região.

Em Moscou, o índice Micex recuou 1,71%, para 1.334,66 pontos, voltando ao patamar mais baixo desde 7 de maio.

Já em Paris, o CAC-40 recuou 0,61%, para 4.207,14 pontos e, em Madrid, o Ibex-35 recuou 1,04%, para 10.246,20 pontos.

Na Bolsa de Lisboa, o PSI-20 baixou 4,07%, para 5.579,68 pontos, ainda refletindo a insegurança dos investidores frente ao caso do Banco Espírito Santo (BES).

Os papéis do Banco Comercial Português caíram 15,07%, as do Banco BPI baixaram 8,83% e as do Banif perderam 5,88%.

Ontem, a Euronext, que opera a bolsa portuguesa, informou que as ações do BES seriam removidas do PSI-20 a partir de 11 de agosto caso o órgão regulador do mercado de Portugal, a CMVM, não se pronunciasse sobre a situação do banco até o fechamento desta sessão.

Com informações da Dow Jones Newswires.

Acompanhe tudo sobre:CACDAXFTSEIndicadores econômicosMercado financeiro

Mais de Mercados

BYD lança sistema que carrega carro elétrico em cinco minutos – mais um baque para a Tesla

Warren Buffett não está animado com os EUA. Mas está indo às compras do outro lado do globo

Grupo Mobly anuncia mudança de nome para Toky

Warren Buffett quer doar US$ 1 milhão no March Madness de 2025; veja os desafios da competição