Na Bolsa de Milão, o índice FTSE-Mib ganhou 0,93%, fechando a 16.838,19 pontos (Vittorio Zunino Celotto/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 7 de agosto de 2013 às 14h08.
Londres - As bolsas europeias fecharam em direções divergentes nesta quarta-feira, 07. Por um lado, os investidores ficaram animados com dados positivos sobre a Alemanha e a zona do euro. Enquanto isso, em um anúncio inesperado o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) afirmou que pretende manter suas políticas inalteradas até que a taxa de desemprego caia a 7%.
No início a informação foi bem recebida pelos mercado, mas comentário posteriores do presidente do BoE, Mark Carney, acabaram derrubando a Bolsa de Londres. O índice pan-europeu Stoxx 600 recuou 0,23%, fechando a 302,81 pontos.
A produção industrial da Alemanha subiu 2,4% em junho, na comparação com maio, em termos sazonalmente ajustados, mais do que revertendo a queda mensal de 0,8% registrada no mês anterior, segundo informou hoje o Ministério da Economia.
O resultado também superou bastante a previsão dos economistas consultados pela Dow Jones, que esperavam alta de 0,3% em junho. Já o índice Ifo de sentimento econômico na zona do euro subiu para 102,3 pontos no terceiro trimestre, de 95,1 pontos no segundo trimestre.
Enquanto isso, o BoE fez a maior mudança em sua estrutura de política monetária desde 2009 e afirmou que vai manter a taxa básica de juros e o programa de compra de bônus nos níveis atuais até que a taxa de desemprego no Reino Unido caia para 7%.
O Comitê de Política Monetária também informou que pode comprar mais bônus para fornecer estímulos adicionais para o crescimento da economia e deixou claro que não está comprometido com um aperto da política mesmo depois de o desemprego cair para 7% - algo que a instituição não prevê para os próximos dois anos.
Inicialmente a libra apresentou queda e a Bolsa de Londres subiu, diante da interpretação de que o BoE vai manter a política monetária relaxada. No entanto, o movimento rapidamente se reverteu depois de o presidente do banco central, Mark Carney, enfatizar alguns alertas.
Em especial, Carney afirmou que a diretriz não é uma promessa de manutenção das taxas de juros baixas. Alguns analistas esperavam também um gatilho menor para o desemprego, em 6% ou 6,5%, ou seja, uma promessa de política acomodatícia por ainda mais tempo.
Nesse cenário, o índice FTSE, da Bolsa de Londres, perdeu 1,41%, fechando a 6.511,21 pontos. A TUI Travel perdeu 5,16%, depois de anunciar resultados piores do que o esperado para seu terceiro trimestre fiscal. O setor bancário também teve desempenho negativo (Barclays -0,83%, HSBC -2,23% e Lloyds -1,06%).
O índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, teve retração de 0,47%, encerrando a sessão a 8.260,48 pontos. Os destaques de queda foram Deutsche Börse (-2,27%) e Lufthansa (-1,60%). A fabricante de cosméticos Beiersdorf caiu 3,07%. Seus resultados do segundo trimestre mostraram bons números na unidade Tesa, que abastece clientes corporativos, mas houve um desempenho decepcionante no segmento de produtos para o consumidor final.
Em Paris, o índice CAC-40 ganhou 0,15%, fechando a 4.038,49 pontos. A Sanofi teve valorização de 1,06%, depois de ter sua recomendação elevada pela consultoria Berenberg. A GDF Suez ganhou 2,79%, pelo mesmo motivo. Os bancos também se saíram bem, com Société Générale avançando 2,46% e BNP Paribas com ganho de 1,02%.
Na Bolsa de Milão, o índice FTSE-Mib ganhou 0,93%, fechando a 16.838,19 pontos. Em Madri, o índice IBEX-35 avançou 0,52%, para 8.574,10 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o índice PSI-20 teve alta de 0,41%, a 5.720,10 pontos. Fonte: Dow Jones Newswires.