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Bolsas da Europa fecham em alta, com perspectivas para postura de BCs e commodities

Índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,18%, a 523,88 pontos

 (Alexander Spatari/Getty Images)

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Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 20 de maio de 2024 às 14h11.

As bolsas da Europa fecharam na maioria em alta nesta segunda-feira, 20, em uma sessão com poucos indicadores e na qual as atenções se voltaram para as perspectivas de corte de juros pelos principais bancos centrais. Dirigentes de grandes instituições fizeram comentários públicos ao longo da sessão, o que corroborou com a visão de que as taxas deverão cair em alguma das próximas reuniões na Europa. Além disso, o setor de mineração foi alvo de atenção, especialmente por conta de medidas que podem estimular a demanda chinesa.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,18%, a 523,88 pontos.

O vice-presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Ben Broadbent, disse que o juro básico britânico poderá ser reduzido durante o verão do Reino Unido. Broadbent afirmou que a política monetária está mais restritiva agora do que no primeiro semestre de 2023, mas apontou que projeções sugerem que a restrição terá de diminuir em algum momento.

Segundo a Bloomberg, o dirigente do Banco Central Europeu (BCE) Martins Kazaks disse que o BCE provavelmente começará a cortar juros em junho, mas alertou que eventuais novas reduções dependerão do comportamento dos dados. De acordo com Kazaks, a estratégia de observar os dados antes de tomar decisões tem sido "apropriada, até o momento", e o processo de redução de juros precisa ser "gradual" e "sem pressa".

O vice-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Philip Jefferson, reiterou que os dirigentes avaliaram não ser apropriado cortar juros antes de ganhar maior confiança de que a inflação está caminhando à meta de 2% ao ano. Jefferson disse acreditar que o nível das taxas está restritivo, à medida que o mercado de trabalho entra em melhor equilíbrio, embora a inflação não esteja arrefecendo tão rápido como ele gostaria.

"Os investidores têm muito para mantê-los ocupados, com a incerteza geopolítica se confrontando com as esperanças de crescimento da China e alguns nervosismo interno antes dos números da inflação de quarta-feira", afirma Danni Hewson, chefe de análise financeira da AJ Bell. "O otimismo ainda parece ser a principal força motriz, com as ações do setor mineiro subindo significativamente depois que os preços do cobre atingiram novos máximos recordes, graças, em parte, às novas medidas destinadas a apoiar o setor imobiliário em dificuldades da China", avalia.

Em Londres, BHP (+1,04%) e Glencore (+0,91%) avançaram, ajudando a O FTSE 100 em sua alta de 0,05%, a 8.424,20 pontos. Em Frankfurt, o DAX fechou em alta de 0,33%, a 18.767,06 pontos. Em Paris, o CAC 40 avançou 0,35%, a 8.195,97 pontos. Em Madri, o Ibex35 subiu 0,10%, a 11.339,50 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 ganhou 0,22%, a 6.902,84 pontos.

A exceção foi Milão, onde o FTSE MIB recuou 1,62%, a 34.825,01 pontos, fortemente pressionado por quedas generalizadas no setor bancário.

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