Mercados

Bolsas da Europa fecham em alta com EUA-China e Brexit no radar

O índice pan-europeu Stoxx 600 avançou 0,55% e chegou a 375,86 pontos

Theresa May renunciou ao cargo de primeira-ministra nesta sexta-feira (Toby Melville/Reuters)

Theresa May renunciou ao cargo de primeira-ministra nesta sexta-feira (Toby Melville/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de maio de 2019 às 14h58.

São Paulo - Os principais mercados acionários europeus fecharam em alta nesta sexta-feira, 24, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar na quinta-feira, 23, que um acordo comercial com a China, que "está acontecendo rápido", poderia incluir a suspensão das restrições contra a gigante de telecomunicações chinesa Huawei. Além disso, os investidores mantiveram a política local no radar, com as eleições para o Parlamento Europeu ocorrendo e o anúncio de renúncia da primeira-ministra britânica, Theresa May. O índice pan-europeu Stoxx 600 avançou 0,55%, em 375,86 pontos.

Na quinta, Trump afirmou que a Huawei é "muito perigosa", mas disse a repórteres que a companhia poderia fazer parte do acordo comercial entre os americanos e a China.

Segundo Trump, apesar dos supostos riscos apresentados pela Huawei à segurança nacional americana, ela "possivelmente poderia ser incluída de algum modo" no acordo. A declaração foi suficiente para que o mercado europeu revertesse parte das perdas de quinta, ajudando principalmente os papéis de empresas do setor industrial e de tecnologia.

As atenções políticas do Velho Continente se viraram, nesta manhã, para Downing Street. Theresa May anunciou que deixará o comando do Partido Conservador em 7 de junho. Em breve discurso diante da residência oficial dos premiês em Londres, May explicou que seguirá como primeira-ministra durante a escolha do próximo líder do Partido Conservador, que será consequentemente o próximo premiê.

O movimento levou a libra a oscilar, mas se manter em queda durante parte da manhã, o que ajudou exportadoras como a petroleira Antofagasta (+2,87%) e a mineradora BHP (+2,42%). Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 avançou 0,65%, em 7.277,73 pontos, com recuo semanal de 0,96%.

Em Paris, o índice CAC 40 avançou 0,67%, em 5.316,51 pontos, registrando perda semanal de 2,24%. Boa parte dos ganhos do dia em solo francês decorre da alta de quase 8% nos papéis do grupo varejista Casino, controlador do Grupo Pão de Açúcar no Brasil.

Na quinta-feira, a holding informou que algumas de suas subsidiárias entraram em um programa de proteção contra a falência, fazendo com que os papéis de sua subsidiária Rallye despencassem. Nesta sexta, o Casino esclareceu que não faz parte do procedimento de salvaguarda, o que deu fôlego aos seus papéis.

Na Alemanha, a Siemens subiu 1,39% e ajudou o índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, a fechar em alta de 0,49%, em 12.011,04 pontos. Na comparação semanal, o DAX registrou queda de 1,86%. Na Espanha, por sua vez, as ações das companhias de energia como a Enagas (+2,32%) e a Endesa (+1,68%) apoiaram o índice Ibex 35, da Bolsa de Milão, que avançou 0,66%, em 9.174,60. Na semana, a bolsa espanhola recuou 1,14%.

Em Lisboa, o índice PSI 20 subiu 0,78%, em 5.097,28 pontos, com recuo de 0,41% na semana. Na Itália, a Bolsa de Milão fechou em alta de 1,19%, em 20.376,03 pontos, com queda semanal de 3,46%.

Acompanhe tudo sobre:Air Chinabolsas-de-valoresBrexitDonald TrumpEstados Unidos (EUA)EuropaHuaweiMercado financeiro

Mais de Mercados

Lucro da Meta (META) supera previsões, mas empresa projeta alta de custos em 2025

Ação da Tesla (TSLA) sobe no after market mesmo com lucro e receita abaixo do esperado

Anúncio de novo consignado privado faz ações dos bancos caírem no Ibovespa

Fed interrompe ciclo de corte e mantém juros na faixa entre 4,25% e 4,50%