BOLSA: a matemática continua sendo uma força motriz poderosíssima para o mercado, e em 2017 deve empurrá-lo para cima / Alexandre Battibugli
Da Redação
Publicado em 7 de outubro de 2016 às 18h50.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h13.
Esta sexta-feira foi um dia como poucos na história da bolsa. O Ibovespa fechou a 61.108 pontos e renovou pela terceira vez seguida seu maior patamar desde setembro de 2014. Na semana, a alta do índice foi de 4,70% — o melhor resultado semanal desde o mês de abril, marcado, na época, com a expectativa do afastamento da então presidente Dilma Rousseff.
Os motivos para a alta vieram de todos os lados: a inflação de setembro ficou abaixo do esperado e os dados de emprego nos Estados Unidos em setembro foram ruins e reduziram a expectativa de aumento de juros no país. Ainda é preciso somar a isso acontecimentos da própria semana: o resultado das eleições municipais, que se mostrou positivo para o atual governo; a aprovação da PEC do teto com folga pela Comissão da Câmara; e o petróleo, que chegou ao maior patamar em 4 meses na quinta-feira.
Mas a pergunta dessa sexta-feira na cabeça dos investidores é uma só: Podemos esperar novas altas nas próximas semanas?
Para Rafael Ohmachi, analista da corretora Guide, o avanço da PEC do teto pode levar a um ânimo maior, já que tiraria dúvidas que ainda imperam quanto a aprovação da medida sem alterações no texto. A divulgação dos balanços das companhias no terceiro trimestre — que se inicia no fim do mês — também pode mexer com as ações. “Os investidores vão ficar atentos para algumas empresas que devem mostrar que já conseguiram melhorar os resultados”, afirma Ohmachi.
Analistas garantem que, sem grandes sustos, a trajetória da bolsa até o fim do ano deve ser de alta – os mais otimistas veem o Ibovespa próximo dos 65.000 pontos. Se isso acontecer, a bolsa deixará de renovar seus patamares em relação à 2014 e estará próximo dos números de março de 2012. É esperar para que os ventos continuem à favor.