CPFL: a chinesa State Grid comprou parcela de 14,9% da empresa do fundo Bonaire e agora detém 53,3% da companhia / Divulgação
Da Redação
Publicado em 28 de setembro de 2016 às 18h46.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h25.
Bolsa salta
O Ibovespa disparou durante a tarde desta quarta-feira, fechando o dia com alta de 1,63%, em 59.355 pontos. O anúncio de acordo para impor limites à produção de petróleo, feito pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), fez disparar o valor das ações da Petrobras, que foram as mais negociadas do pregão. Entre as principais altas estão as siderúrgicas CSN e Usiminas, cujas ações subiram 8% e 6,41%, respectivamente. O dólar fechou o dia em queda de 0,28% depois do anúncio da Opep, cotado em 3,22 reais.
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CPFL 53,3% chinesa
A estatal chinesa de eletricidade State Grid adquiriu a última grande parcela da CPFL Energia. O fundo Energia SP, controlador da Bonaire, aprovou a venda dos 14,9% de capital que detinha na CPFL. No final de junho, os chineses haviam adquirido 23,6% da companhia ao comprar a parcela da empreiteira Camargo Corrêa e na semana passada compraram também a parcela do fundo Previ. A oferta feita à Camargo Corrêa, de 25 reais por ação, foi estendida aos outros controladores e foi aceita. A operação movimentou um total de 13,5 bilhões de reais e deu à State Grid o controle de 53,3% da CPFL. A oferta deve ser feita também aos acionistas minoritários. A operação já foi aprovada pelo Comitê Administrativo de Defesa Econômica.
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Dividendo bilionário
A petroquímica Braskem anunciou que vai distribuir no dia 11 de outubro dividendos no valor de 1 bilhão de reais. A quantia está creditada na conta de reserva de retenção de lucros do balanço do final do ano passado. Todos os acionistas que tiverem ações preferenciais classe A ou ordinárias da companhia na carteira até segunda-feira 3 de outubro terão direito aos dividendos. Após o anúncio, as ações ordinárias da Braskem fecharam em alta de 10,6%, a maior do Ibovespa.
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Bancos mal avaliados
A agência de classificação de risco Fitch vê perspectiva negativa para o setor bancário no Brasil. Segundo analistas da Fitch, a visão vem desde dezembro de 2013, agravando-se com o quadro de inflação, que encarece o custo operacional dos bancos, com o aumento da inadimplência e com a alta taxa de juro no país. Em evento em São Paulo, analistas da companhia também afirmaram que os bancos estatais, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, vão precisar de aportes do governo federal em 2018 para se manter dentro das regras regulatórias se perdurarem as condições atuais.
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Famílias no vermelho
Dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apontam que o endividamento das famílias brasileiras aumentou 0,2 ponto percentual entre agosto e setembro, chegando ao patamar de 58,2%. O resultado, embora tenha crescido na comparação com o mês anterior, é menor do que o registrado no mesmo mês do ano passado, quando o nível de endividamento era de 63,5%. Apesar disso, o percentual de famílias com contas e dívidas aumentou do ano passado para 2016: eram 23,1% das famílias endividadas e agora são 24,6%. Ainda segundo a CNC, a inadimplência no país também cresceu: de 9,4% em agosto para 9,6% em setembro, um ponto percentual maior do que os 8,6% do mesmo mês do ano passado.
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Economia na Câmara
Na próxima semana, a Câmara dos Deputados deve fazer um “esforço conjunto” para aprovar as principais pautas econômicas do governo — PEC do teto de gastos, projeto de lei de repatriação dos recursos e alteração do marco regulatório do pré-sal. A informação foi dada ao jornal Valor Econômico por deputados que se reuniram com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e com líderes da bancada governista. Já na segunda-feira a pauta que desobriga a Petrobras a explorar o pré-sal com exclusividade deve começar a ser debatida.