A bolsa paulista mostrava o Ibovespa em queda de mais de 1 por cento nesta segunda-feira (Paulo Whitaker/Reuters)
Reuters
Publicado em 21 de janeiro de 2019 às 11h25.
Última atualização em 21 de janeiro de 2019 às 11h29.
São Paulo - A bolsa paulista mostrava o Ibovespa em queda de mais de 1 por cento nesta segunda-feira, após renovar recordes na sexta-feira, em pregão marcado por vencimentos de opções sobre ações na primeira etapa dos negócios e ausência do referencial de Wall Street em razão de feriado nos Estados Unidos.
Às 11:11, o Ibovespa caía 1,05 por cento, a 95.091,83 pontos. O volume financeiro somava 4,75 bilhões de reais. Na sexta-feira, o Ibovespa fechou em alta 0,78 por cento, a 96.096,75 pontos, nova máxima histórica de fechamento.
De acordo com profissionais da área de renda variável, ganhos recentes abrem espaço para alguma realização lucros, com a falta de negócios em Nova York corroborando ajustes. Até o último pregão, o Ibovespa acumulava em 2019 valorização de mais de 9 por cento.
A equipe da Mirae destacou o fato de esta ser uma semana mais curta na bolsa paulista, com o feriado nos EUA nesta segunda-feira e feriado em São Paulo na sexta-feira, mas repleta de notícias e eventos relevantes.
Os analistas Fernando Bresciani e Pedro Galdi citaram dados chineses conhecidos neste começo de semana, entre eles o PIB dentro das expectativas, e a temporada de resultados trimestrias de empresas no exterior, mas ressaltaram que, para o Brasil, o destaque será Davos, em particular a participação da delegação brasileira.
"A expectativa do mercado será a divulgação do modelo da reforma da Previdência, o que pode ainda dar fôlego para o Ibovespa testar novos recordes de pontuação", afirmaram os analistas da Mirae.
O presidente Jair Bolsonaro viajou a Davos, na Suíça, para o Fórum Econômico Mundial, e há expectativa de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, faça uma apresentação global da proposta. De acordo com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, o presidente deve bater o martelo na volta de Davos.
Nos Estados Unidos, os mercados estão fechados em razão do feriado pelo Dia de Martin Luther King Jr.
- BRADESCO PN e ITAÚ UNIBANCO PN caíam 1,4 e 1,3 por cento, em meio a ajustes, após subirem até a última sexta-feira 10,48 e 6,13 por cento, respectivamente, em 2019. BANCO DO BRASIL caía 1,45 por cento.
- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON recuavam 0,8 e 1,1 por cento, respectivamente, em sessão de fraqueza dos preços do petróleo no exterior. Ainda assim, os papéis mostram valorização ao redor de 10 por cento cada no acumulado do ano.
- BB SEGURIDADE cedia 2,33 por cento, tendo no radar que o conselho de administração do braço de seguros e previdência do Banco do Brasil elegeu Bernardo Rothe como novo diretor-presidente da companhia.
- COSAN caía 0,3 por cento, após anunciar oferta para aquisição (OPA) de ações PNA da controlada Comgás , que não estão no Ibovespa e disparavam 20,5 por cento. A OPA sairá a 82,00 reais por ação.
- LOCALIZA avançava 2,8 por cento, tendo de pano de fundo que a companhia de aluguel de veículos e gestão de frotas aprovou oferta pública para distribuição primária de ações que pode movimentar cerca de 1,4 bilhão de reais.