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Bolsa perde 5,74% em julho, pior mês desde maio de 2010

Foi também em julho que o índice perdeu importantes níveis, passando dos 63 mil pontos para os 58 mil pontos

A Bolsa brasileira terminou julho com perda de 5,74%, a maior queda desde o recuo de 6,6% registrado em maio de 2010 (Luciana Cavalcanti/Você S.A.)

A Bolsa brasileira terminou julho com perda de 5,74%, a maior queda desde o recuo de 6,6% registrado em maio de 2010 (Luciana Cavalcanti/Você S.A.)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2011 às 19h13.

São Paulo - Julho não foi um mês fácil para a Bolsa de Valores de São Paulo. As incertezas no mercado externo, sobretudo a recente indefinição sobre o aumento do teto da dívida nos EUA, imputaram perdas fortes ao índice Bovespa, que teve a maior queda mensal desde maio do ano passado. Foi também em julho que o índice perdeu importantes níveis, passando dos 63 mil pontos para os 58 mil pontos.

Particularmente nesta sexta-feira, o Ibovespa operou com bastante volatilidade, mirando Nova York, de onde conseguiu se descolar no período vespertino graças à ajuda das ações de bancos e construtoras. Terminou com variação positiva de 0,20%, aos 58.823,45 pontos, depois de ter tocado os 58.009 pontos (-1,19%) na mínima e os 58.952 pontos (+0,42%) na máxima. Na semana, recuou 2,40%, depois de cair nos três primeiros dias e subir nos dois seguintes. O giro financeiro totalizou hoje R$ 6,276 bilhões. Os dados são preliminares.

A Bolsa brasileira terminou julho com perda de 5,74%, a maior queda desde o recuo de 6,6% registrado em maio de 2010. Em 2011, a Bovespa só registrou alta nos meses de fevereiro e março, e ela foi insuficiente para anular as perdas acumuladas nos demais meses. Com isso, o Ibovespa acumula queda de 15,12% no ano até julho.

Segundo os profissionais consultados, a Bovespa segue de olho no desfecho de um acordo nos Estados Unidos - o que pode até acontecer hoje, se for aprovado plano que está na Câmara e o governo depois endossar. Nesta sexta, também jogou contra os indicadores ruins norte-americanos (o PIB foi o principal, com alta de 1,3% no segundo trimestre, abaixo da previsão de 1,8%) e a Europa. No velho continente, a Moody's colocou em revisão para possível rebaixamento os ratings Aa2 da Espanha e também de algumas instituições financeiras espanholas. Com isso, também as bolsas europeias fecharam em queda.

Em Wall Street, o Dow Jones recuou 0,79%, aos 12.143,24 pontos, o S&P-500 perdeu 0,65%, aos 1.292,28 pontos, e o Nasdaq fechou em baixa de 0,36%, aos 2.756,38 pontos. No mês, os índices acumularam perdas de 2,18%, 2,15% e 0,62%, respectivamente. E, no ano, alta de 4,89%, 2,75% e 3,90%, também nesta ordem.


No Brasil, as ações da Vale e as siderúrgicas pressionaram o Ibovespa para baixo. Vale ON perdeu 1,90% e Vale PNA caiu 1,43%, em reação ao resultado do segundo trimestre, divulgado ontem à noite. Gerdau PN perdeu 1,48%, Metalúrgica Gerdau PN, -1,44%, Usiminas PNA, -0,80%, e CSN ON, -0,61%.

Bancos e construtoras, por outro lado, subiram, segundo especialistas, num movimento técnico, já que os papéis vêm sendo penalizados pelos investidores. Bradesco PN, +2,02%, Itaú Unibanco PN, +0,51%, BB ON, +2,10%, e Santander unit, +0,48%. Cyrela ON, +3,19%, Gafisa ON, +4,46%, Bisa ON, +0,89%, MRV ON, +0,88%, Rossi ON, +2,28%.

Petrobras trabalhou boa parte do dia em alta, ajudando a sustentar o Ibovespa. Mas acabou virando para baixo e manteve esse comportamento no fechamento. Petrobras ON caiu 0,04% e Petrobras PN fechou estável. Na Nymex, o contrato futuro do petróleo caiu 1,78%, a US$ 95,70 o barril.

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