Embora o fôlego de alta tenha perdido força nesta manhã, os mercados internacionais são novamente influenciados por especulações na Europa (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 7 de dezembro de 2011 às 10h33.
São Paulo - A Bovespa abre o pregão cara a cara com uma forte resistência que, se rompida, pode fortificar o rali dos negócios locais em dezembro. Mas a tarefa não é fácil. A despeito da influência positiva do exterior, diante das especulações favoráveis envolvendo a cúpula da União Europeia, os investidores podem ficar inclinados a embolsarem os ganhos recentes. Às 11h05, o Ibovespa caía 0,58%, aos 59.190,03 pontos.
O analista técnico da XP Investimentos, Gilberto Coelho, ressalta que há um ponto de resistência forte nos 60 mil pontos, "até pelo apelo psicológico do número redondo". "Mas dezembro tem se mostrando muito bom para a Bolsa e, a julgar pelos indicadores de força e médias móveis, acredito no rompimento", comenta, apoiado em processos de cálculo de cotações sequenciais do Ibovespa.
Para ele, a superação desse nível pode abrir espaço para o índice à vista buscar os 62 mil e, quem sabe, os 65 mil pontos, diminuindo uma parcela significativa das perdas acumuladas em 2011 (-14,09%) e, ao mesmo tempo, melhorando a performance neste mês (+4,68%). Em contrapartida, "para reverter o cenário de alta, o Ibovespa teria de perder suportes em 57,2 mil e em 55 mil pontos", destaca.
Mas o ambiente para os negócios com risco está mais propenso para ganhos do que perdas. Embora o fôlego de alta tenha perdido força nesta manhã, os mercados internacionais são novamente influenciados por especulações sobre possíveis medidas a serem anunciadas pelos líderes europeus após o encontro, que termina na sexta-feira.