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Bolsa de Tóquio lidera perda na Ásia, seguida por Xangai

A continuidade do enfraquecimento da economia da China e a falta de novas medidas de estímulos no Japão pressionaram as principais bolsas asiáticas.

Bolsa de Tóquio (REUTERS/Yuya Shino)

Bolsa de Tóquio (REUTERS/Yuya Shino)

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Da Redação

Publicado em 2 de novembro de 2015 às 10h43.

São Paulo - A continuidade do enfraquecimento da economia da China e a falta de novas medidas de estímulos no Japão pressionaram as principais bolsas asiáticas, levando a Bolsa de Tóquio a registrar a maior queda entre as praças acionárias.

O índice Nikkei caiu 2,1%, aos 18.683,24 pontos, liderado por setores vistos como termômetros da economia nacional: serviços públicos, empresas financeiras e empresas de consumo discricionário. As perdas refletiram a decepção dos investidores após o Banco Central do Japão (BoJ, na sigla em inglês) não ter anunciado estímulos adicionais na sexta-feira.

Na China, o índice Xangai Composto recuou 1,66%, aos 3.326,49 pontos, diante de dados que mostram que a economia do país segue enfraquecida. No mesmo sentido, em Hong Kong, o índice Heng Seng caiu 0,6% para 22.504 pontos.

Foi divulgado hoje que o índice de atividade dos gerentes de compras do setor industrial (PMI, na sigla em inglês) da China subiu para 48,3 na leitura final de outubro, de 47,2 em setembro, de acordo com a Caixin Media (antes HSBC). Apesar da melhora, o resultado atingiu o oitavo mês seguido abaixo da marca de 50,0, o que indica contração da atividade. Mesmo assim, essa foi deterioração mais fraca desde junho.

Já o PMI oficial de outubro, divulgado na madrugada de domingo, permaneceu no nível de setembro, em 49,8. No entanto, uma queda inesperada no nível de atividade fora das fábricas - que recuou de 53,4 para 53,1, na mesma base comparativa - abalou o humor dos investidores.

"Há um grande pessimismo de que a economia continuará a abrandar no quarto trimestre", disse Evan Lucas, analista de mercado da corretora IG.

No domingo, o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, disse que o país vai crescer a um ritmo de "pelo menos" 6,5% ao ano nos próximos cinco anos, marcando a primeira vez que os líderes da China fazem a previsão publicamente e ainda fornecem uma meta de crescimento anual inferior a 7% nos próximos anos.

Na Coreia do Sul, o movimento foi de alta, levando o índice Kospi a fechar com alta de 0,3%, aos 2.035,24 pontos. Por lá, as ações da Samsung subiram 4,2%, uma vez que é esperado que a empresa arrecade mais de US$ 2 bilhões na venda de 90% de sua atividade no setor químico para a companhia Lotte Chemical, bem como 15% de sua participação na Samsung Fine Chemicals.

Na Oceania, o índice S&P/ASX 200 da Austrália perdeu 1,4%, aos 5.165,75 pontos.

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