A queda da Bolsa foi exacerbada pela notícia de uma incêndio no reator número 4 da usina nuclear de Fukushima Daiichi (Getty Images/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 15 de março de 2011 às 06h17.
Tóquio - A Bolsa de Tóquio entrou em queda livre nesta terça-feira depois que o primeiro ministro do Japão, Naoto Kan, alertou para o alto risco de níveis elevados de radiação com origem no reator da usina nuclear de Fukushima depois de outra explosão nuclear. O índice Nikkei 225 afundava 14,4% no pregão da tarde e chegava à menor pontuação desde abril de 2009, com 8.257,56 pontos. Às 2h20 (de Brasília), o índice reduzia as perdas, para 11,7%.
O Banco do Japão (BOJ, banco central) ofereceu uma injeção adicional de 3 trilhões de ienes (US$ 36,73 bi) no mercado financeiro, ampliando os esforços de emergência para acalmar os investidores. Mais cedo, o banco já havia colocado á disposição do mercado outros 5 trilhões de ienes em fundos de mesmo dia, totalizando 8 trilhões de ienes (US$ 97,94 bi). Na segunda-feira, o BOJ fez injeção recorde de 15 trilhões de ienes no mercado e duplicou seu programa de compra de ativos, de 5 trilhões para 10 trilhões de ienes.
As injeções de dinheiro e a desvalorização das ações na Bolsa de Tóquio empurraram para baixo a cotação do iene na segunda-feira, mas a moeda teimava em se apreciar nesta terça-feira. À 1h50 (de Brasília), o dólar era cotado a 81,57 ienes.
A queda da Bolsa foi exacerbada pela notícia de uma incêndio no reator número 4 da usina nuclear de Fukushima Daiichi no nordeste do Japão, em meio aos relatos de que o nível de radiação havia disparado nas proximidades do reator 3. A Bolsa passou a se direcionar rapidamente para os 8 mil pontos no Nikkei. As informações são da Dow Jones.