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Bolsa de Hong Kong corteja empresas globais após expandir ligações com a China

O objetivo é incentivar algumas das maiores empresas do mundo a levantarem fundos em seu centro financeiro, utilizando como argumento uma nova iniciativa da China continental

Hong Kong: alguns especialistas alertam para o risco de volatilidade nas políticas da China continental (Paul Yeung/Bloomberg via/Getty Images)

Hong Kong: alguns especialistas alertam para o risco de volatilidade nas políticas da China continental (Paul Yeung/Bloomberg via/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de janeiro de 2023 às 19h45.

Última atualização em 4 de janeiro de 2023 às 19h47.

A Bolsa de Hong Kong está "cortejando" empresas multinacionais, para que sejam listadas em seu mercado de ações, apesar das crescentes tensões entre China e o ocidente.

O objetivo é incentivar algumas das maiores empresas do mundo a levantarem fundos em seu centro financeiro, utilizando como argumento uma nova iniciativa da China continental que permite a seus investidores negociar ações internacionais.

"Hong Kong se tornará o único mercado no mundo onde as empresas têm a capacidade de capturar a demanda de dois grupos gigantescos de investidores não correlacionados", afirmou Nicolas Aguzin, presidente-executivo da Hong Kong Exchanges and Clearing, em entrevista. "Você pode ter o melhor dos dois mundos", acrescentou.

Em dezembro, reguladores de mercado anunciaram que empresas estrangeiras com listagens primárias em Hong Kong poderiam, pela primeira vez, ser elegíveis para inclusão na ligação comercial Stock Connect de oito anos com a China continental. O plano daria a essas empresas acesso direto à base ativa de investidores individuais da China, caso suas ações atendam aos critérios de capitalização de mercado e outros requisitos.

Contudo, alguns especialistas alertam para o risco de volatilidade nas políticas da China continental, como foi observado no final de 2022, com a inesperada e rápida abertura de fronteiras e eliminação da política de "covid zero".

"No momento, o continente pode estar mais interessado em fazer algo para tornar sua reputação mais positiva para os negócios globais, mas se os reguladores mudarão de posição no futuro é outro fator que essas empresas devem ter em mente", aponta o professor Zhiwu Chen , presidente de finanças da escola de negócios da Universidade de Hong Kong.

(Com Dow Jones Newswires)

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