O Ibovespa abriu caindo 1,61%, aos 56.286 pontos (Marcel Salim/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 19 de setembro de 2011 às 11h34.
São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em baixa, com o jogo entre comprados e vendidos agitando os negócios até a primeira metade do pregão de hoje. Por isso, é possível que o volume financeiro não seja muito diferente do observado nos últimos exercícios, de pouco mais de R$ 2 bilhões. Ainda assim, pode haver um equilíbrio de forças neste vencimento de opções sobre ações, diante da elevada aversão ao risco no exterior, onde um default (não pagamento da dívida) da Grécia parece iminente em razão da falta de coordenação política na Europa. Às 10h27 (horário de Brasília), o Ibovespa caía 1,61%, aos 56.286 pontos.
"O jogo já está decidido e os comprados serão vitoriosos", prevê o economista da Senso Corretora, Antônio César Amarante. Ele lembra que as ações que sofrem maior influência do exercício de opções - Petrobras, Vale e OGX - registraram uma alta considerável desde o vencimento anterior, no mês passado, levando os comprados a conseguirem uma boa rentabilidade. "Os vendidos devem só diminuir o prejuízo", completa, acrescentando que muitos dos investidores nesta posição zeraram suas apostas nos últimos dias, alavancando os negócios locais.
A opção é um contrato que confere ao portador o direito de compra ou venda de um ativo a um preço predeterminado. O vencimento de opções é a data de validade desses contratos. A partir do dia seguinte, o detentor da opção não pode mais exercê-la. Por isso, no dia de vencimento das opções e nos dias imediatamente anteriores, o movimento da Bolsa pode sofrer distorções, com os investidores atuando de forma tal que os preços das ações se aproximem daqueles valores que mais os favorecem quando a opção for exercida.
Hoje o sinal negativo predomina mundo afora, diante de mais um encontro sem sucesso entre líderes europeus. A reunião de ministros das Finanças da União Europeia (UE) na Polônia encerrou-se no fim de semana sem qualquer acordo entre as autoridades sobre como lidar com a atual crise das dívidas que assola a zona do euro. Além disso, foi adiado para outubro a decisão sobre a liberação da próxima parcela do pacote de resgate financeiro à Grécia.
Hoje, o ministro de Finanças grego, Evangelos Venizelos, participa de uma teleconferência, às 13 horas (horário de Brasília), com representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI), da UE e do Banco Central Europeu (BCE), dando continuidade ao processo de avaliação das contas públicas do país mediterrâneo e a seus esforços de austeridade fiscal.