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Bolsa cai 2,1% para o menor nível em mais de um ano

O Ibovespa terminou o dia marcando 60.223,63 pontos, o menor nível desde 26 de maio de 2010

O giro financeiro totalizou R$ 5,17 bilhões na sessão desta segunda-feira (Luciana Cavalcanti/Você S.A.)

O giro financeiro totalizou R$ 5,17 bilhões na sessão desta segunda-feira (Luciana Cavalcanti/Você S.A.)

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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2011 às 18h33.

São Paulo - O temor de contágio da crise da dívida grega para outros países da Europa gerou uma onda de aversão a risco que derrubou as ações pelo globo. A Bolsa brasileira acompanhou a derrapagem externa e o índice Bovespa caiu mais de 2%, para o pior nível em mais de um ano. Apenas nove ações não encerraram no vermelho.

O Ibovespa terminou o dia em baixa de 2,10%, a segunda maior perda porcentual de 2011 (atrás apenas da queda de 2,36% registrada em 9 de fevereiro). Em pontos, o fechamento situou-se em 60.223,63, o menor nível desde os 60.190,36 pontos de 26 de maio do ano passado. Na mínima do pregão de hoje, o índice registrou 60.098 pontos (-2,30%) e, na máxima, 61.502 pontos (-0,02%). Com o resultado de hoje, a perda acumulada em julho já atinge 3,49%. No ano, a queda é de 13,10%. O giro financeiro totalizou R$ 5,17 bilhões na sessão desta segunda-feira. Os dados são preliminares.

Uma reunião entre ministros de Finanças da zona do euro turbinada pela participação de autoridades como o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, e da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, deixou os investidores com a pulga atrás da orelha com a Itália e eles trataram de se proteger. Venderam ativos de risco e imputaram perdas às commodities (matérias-primas negociadas em bolsa) e às ações.

A Itália já havia ganhado os holofotes na sexta-feira, com os rumores de que seu ministro das Finanças, Giulio Tremonti, estaria perto de renunciar ao cargo depois de ser criticado pelo primeiro-ministro Silvio Berlusconi. Depois, a agência de classificação de risco Moody's levantou dúvidas sobre o plano de austeridade do país.

A preocupação dos investidores é que novos problemas vão aparecendo sem que os antigos desapareçam, caso da Grécia. Há ainda o temor de mais alta de juros na China, já que o último dado de inflação foi elevado, e preocupação com a evolução débil da economia norte-americana. Para finalizar, a inflação no Brasil segue pressionada e chama mais taxa de juros.

Assim, na Europa, o índice FTSE-100 da Bolsa de Londres foi o que menos caiu, 1,03%, enquanto em Milão o índice FTSE MIB caiu 3,96%, para 18.295,19 pontos e, em Lisboa, o índice PSI 20 teve queda de 4,28%, para 6.844,98 pontos. O índice ASE, da Bolsa de Atenas, perdeu 2,58%, para 1.218,88 pontos.

Em Nova York, o Dow Jones recuou 1,20%, aos 12.505,76 pontos, o S&P-500 perdeu 1,81%, aos 1.319,49 pontos, e o Nasdaq caiu 2%, aos 2.802,62 pontos.

Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato do petróleo para agosto recuou 1,09%, a US$ 95,15 o barril. Os metais fecharam em baixa em Londres: o contrato do cobre para três meses fechou a sessão em queda de 0,9%, para US$ 9.570 a tonelada.

Na Bolsa brasileira, as blue chips recuaram, mas os setores financeiro e de siderurgia registraram perdas bem mais acentuadas. Petrobras ON recuou 1,66%, Petrobras PN caiu 1,24%, Vale ON cedeu 0,86%, Vale PNA recuou 1,06%, Gerdau PN teve perda de 2,57%, Metalúrgica Gerdau PN caiu 1,98%, CSN ON, -3,53% e Usiminas PNA, -4,17%.

Itaú Unibanco PN caiu 3,69%, Bradesco PN, -3,02%, BB ON, -2,82%, e Santander unit, -2,75%.

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