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Bolsa recupera 97 mil pontos, mas Previdência ainda inspira cautela

Às 11:18, o Ibovespa subia 0,79 por cento, a 97.275,54 pontos; volume financeiro somava 2,1 bilhões de reais

B3: Ibovespa recuperava os 97 mil pontos nesta terça-feira (Juan Mabromata/Getty Images)

B3: Ibovespa recuperava os 97 mil pontos nesta terça-feira (Juan Mabromata/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 19 de fevereiro de 2019 às 10h52.

Última atualização em 19 de fevereiro de 2019 às 11h30.

São Paulo - O Ibovespa recuperava os 97 mil pontos nesta terça-feira, com a alta das ações do Itaú Unibanco e da Vale entre os maiores suportes, após perdas na véspera, com agentes financeiros monitorando o retorno do mercado norte-americano após feriado e à espera de novidades sobre a reforma da Previdência.

Às 11:18, o Ibovespa subia 0,79 por cento, a 97.275,54 pontos. O volume financeiro somava 2,1 bilhões de reais.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,04 por cento, 96.509,89 pontos, na segunda-feira, marcada pelo vencimento dos contratos de opções sobre ações, com ruídos na cena política e menor liquidez pela ausência de Wall Street.

Nos Estados Unidos, os futuros acionários sinalizavam uma abertura fraca dos pregões em Nova York, com nova rodada de negociações comerciais entre Washington e Pequim nesta semana. Ambos os lados têm dito que progressos foram feitos, mas poucos detalhes das conversas foram tornados públicos.

Da cena doméstica, a esperada votação na Câmara dos Deputados nesta terça-feira de projeto que viabiliza a cessão de créditos tributários ou não de titularidade da União, dos Estados e dos municípios é acompanhada por agentes financeiros como preliminar da capacidade de articulação do governo.

Investidores querem medir a força política de Jair Bolsonaro e equipe, que prometeram enviar nesta semana ao Congresso Nacional a proposta da reforma da Previdência, considerada crucial para a melhora da situação fiscal do país.

"A postura esperada para os investidores no mercado financeiro local é de cautela, aguardando a apresentação do modelo da reforma da Previdência e o seu encaminhamento ao Congresso", afirmaram os analistas Fernando Bresciani e Pedro Galdi, da corretora Mirae, em nota a clientes.

Destaques

- ITAÚ UNIBANCO PN subia 1,4 por cento, em sessão de recuperação das ações de bancos, com BRADESCO PN em alta de 1 por cento, BANCO DO BRASIL avançando 2,2 por cento e SANTANDER BRASIL UNIT valorizando-se 0,6 por cento. Em relatório analistas do Itaú BBA reiteraram visão positiva para o setor no Brasil, destacando Bradesco e BB.

- VALE tinha elevação de 0,4 por cento, tendo de pano de fundo a alta dos preços do minério de ferro na China, enquanto segue volátil com o noticiário na esteira do rompimento de barragem da empresa que matou pelo menos 169 pessoa no final de janeiro.

- PETROBRAS PN avançava 0,8 por cento, tendo de pano de fundo o comportamento misto dos contratos de petróleo no exterior, com o Brent em queda e o WTI em alta.

- CIELO valorizava-se 2,7 por cento, em sessão de recuperação, após recuar 10,7 por cento em fevereiro até a véspera. Apenas na segunda-feira, a queda foi de 2,7 por cento.

- ESTÁCIO mostrava elevação de 2,4 por cento, com o setor de educação como um todo mostrando uma melhora após as ações caírem fortemente na semana passada com a notícia de investigação de indícios de corrupção, desvios e outros de atos lesivos à administração pública no âmbito do MEC. KROTON subia 1,2 por cento.

- ELETROBRAS PNB caía 3,3 por cento, destaque negativo. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo nesta terça-feira a privatização da companhia deverá ser adiada para 2020, com a secretária-executiva do Ministério de Minas e Energia, Marisete Pereira, afirmando que o governo está reavaliando o modelo de capitalização proposto para a elétrica estatal.

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