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Bolsa cai mais de 2% após denúncia contra Renan Calheiros

O Ibovespa, que abriu em queda após a delação de um executivo da Odebrecht, ampliou suas perdas com a notícia da denúncia contra o presidente do Senado

Renan Calheiros já é réu em uma ação no Supremo (Ueslei Marcelino / Reuters)

Renan Calheiros já é réu em uma ação no Supremo (Ueslei Marcelino / Reuters)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 12 de dezembro de 2016 às 17h05.

Última atualização em 12 de dezembro de 2016 às 18h54.

São Paulo - O Ibovespa fechou em queda nesta segunda-feira (12) após o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciar o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) ao Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da Operação Lava Jato. O principal índice da Bolsa registrou queda de 2,19% e terminou o dia na casa dos 59 mil pontos.

A notícia impactou ainda mais o mercado. Hoje, o pregão abriu em queda após a delação de Cláudio Melo Filho, ex vice presidente de relações institucionais da Odebrecht. Na delação, o nome de Temer aparece mais de 40 vezes. Segundo Melo Filho, o presidente Temer atua de forma indireta na arrecadação financeira do PMDB. Além de Temer, outros líderes do partido foram citados.

O mercado reagiu mal ao agravamento da crise política, isso porque os investidores aguardam a aprovação de medidas econômicas. A votação da PEC dos Gastos Públicos está prevista para acontecer amanhã no Senado.

Novo pacote

Além destas medidas, o governo estuda um pacote de medidas microeconômicas que deve ser apresentado ainda este ano. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que o governo não vai repetir o que não deu certo no passado.

Segundo o ministro, as medidas do passado, como incentivos fiscais direcionados a setores escolhidos, são subsídios artificiais que geram distorções.

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