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Bovespa abre perto da estabilidade com exterior como guia

A bolsa segue operando sob forte volatilidade e insegurança, na cola dos mercados internacionais

A Bovespa estava perto da estabilidade, em alta de 0,07%, aos 57.140 pontos (Germano Lüders/EXAME.com)

A Bovespa estava perto da estabilidade, em alta de 0,07%, aos 57.140 pontos (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2011 às 10h58.

São Paulo - A tragédia grega está em seu clímax, mas muitos episódios da crise das dívidas na zona do euro ainda precisam rolar para que a confiança dos investidores seja restaurada. A decisão de ontem à noite da Standard & Poor's (S&P), de rebaixar o rating soberano da Itália, é apenas mais um capítulo dessa novela. Diante disso, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) segue operando sob forte volatilidade e insegurança, na cola dos mercados internacionais. Às 10h23, o índice Bovespa (Ibovespa) estava perto da estabilidade, em alta de 0,07%, aos 57.140 pontos.

"Não se pode afirmar mais nada diante de um cenário tão nebuloso", afirma um operador da mesa de renda variável de uma corretora paulista. Para ele, os ganhos ensaiados pelos índices futuros das Bolsas de Nova York e pelas principais bolsas europeias causam certa surpresa, uma vez que as incertezas que rondam os mercados financeiros são "inúmeras". Por isso, o profissional não descarta que um movimento de alta possa se dissipar a qualquer momento na Bolsa brasileira. "Mas a caça por pechinchas também pode embalar", ressalta.

No exterior, o dia amanheceu com a notícia de que o rating soberano da Itália caiu mais um degrau na avaliação da S&P, passando de A+ para A, e situa-se agora três níveis abaixo da nota de risco de crédito do país dada pela Moody's. Mas o esforço adicional do Banco Central Europeu (BCE), que comprou hoje títulos italianos, segundo fontes, e a percepção de que o movimento já estava largamente precificado abrem espaço para uma recuperação dos mercados.

Na tarde de hoje, as atenções se voltam para a continuidade das negociações entre a troica - formada por BCE, Fundo Monetário Internacional (FMI) e União Europeia (UE) -, a Grécia e seus credores. Caso Atenas convença as autoridades internacionais de que seus esforços fiscais irão gerar uma redução do déficit, a nova parcela do pacote de resgate financeiro deve ser liberada, dando um pouco mais de fôlego às finanças públicas gregas.

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