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Bolsa abre perto da estabilidade ante impasse nos EUA

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu perto da estabilidade. Apesar dos ganhos ensaiados pelas bolsas internacionais e pelas commodities (matérias-primas) nesta manhã, a base de sustentação para os negócios é frágil. O principal fator é o impasse entre congressistas republicanos e democratas dos Estados Unidos sobre um acordo para […]

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Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2011 às 10h28.

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu perto da estabilidade. Apesar dos ganhos ensaiados pelas bolsas internacionais e pelas commodities (matérias-primas) nesta manhã, a base de sustentação para os negócios é frágil. O principal fator é o impasse entre congressistas republicanos e democratas dos Estados Unidos sobre um acordo para aumentar o endividamento do país. Às 10h10, o índice Bovespa (Ibovespa) subia 0,12%, aos 60.040 pontos.

"Os mercados poderão tomar uma direção com qualquer expectativa sobre a aprovação (ou não) do aumento do teto do déficit norte-americano e com os dados econômicos", afirma o analista da Um Investimentos, Eduardo Oliveira. Na agenda de hoje nos EUA, estão previstas as divulgações das vendas de novas moradias em junho, do índice de confiança do consumidor em julho e do índice regional de atividade industrial em Richmond também neste mês - todos às 11 horas (horário de Brasília).

No entanto, o calendário econômico tende a perder relevância diante da proximidade do prazo final para que o Congresso dos EUA e o governo do presidente Barack Obama cheguem a um acordo sobre as finanças públicas. Ontem à noite, Obama fez um pronunciamento em rede nacional de TV para convocar a população a pressionar os congressistas por uma solução equilibrada, livre do "jogo perigoso" orquestrado pela oposição.

"Parece que os republicanos estão criando dificuldades para colher facilidade", comenta um operador da mesa de renda variável de uma corretora paulista. Ele lembrou que, momentos após as declarações de Obama, o presidente da Câmara dos Representantes, John Boehner, disse que não dará um "cheque em branco" ao governo. "A oposição vai desgastar Obama o máximo possível, mas deve chegar a um acordo já na prorrogação da partida", avalia.

Como os investidores não acreditam, para valer, em um default (moratória) da dívida dos EUA, os mercados internacionais mostram tranquilidade nesta manhã, embora a cautela impeça um avanço mais contundente. Por enquanto, os agentes descontam a tensão sobre a dívida norte-americana no dólar, que tem queda generalizada, o que beneficia as commodities.

No Brasil, a tônica para os negócios deve ser a mesma, mas a temporada doméstica de balanços pode agitar algumas ações e setores. Pão de Açúcar deve reagir hoje aos números financeiros do segundo trimestre, divulgados após o fechamento do pregão de ontem. A companhia anunciou que obteve um lucro líquido consolidado 64% maior que o apurado em igual período do ano passado, para R$ 91 milhões. O resultado, porém, ficou 20% abaixo do resultado médio projetado por seis instituições financeiras consultadas pela Agência Estado.

A Comgás, por sua vez, registrou lucro líquido de R$ 92,344 milhões no segundo trimestre do ano, queda de 39,2%, também em base anual. Para hoje, os investidores aguardam os demonstrativos financeiros da Cielo e do Banco Daycoval, ambos após o fechamento do mercado.

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