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Bolsa avança mais de 1% em sessão de recuperação global; IRB Brasil desaba

Às 12:33, o Ibovespa subia 1,12%, a 115.037,57 pontos

Bolsa de valores: Ibovespa acumula baixa de cerca de 1,6% no ano (Germano Lüders/Exame)

Bolsa de valores: Ibovespa acumula baixa de cerca de 1,6% no ano (Germano Lüders/Exame)

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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2020 às 10h18.

Última atualização em 3 de fevereiro de 2020 às 12h38.

São Paulo - A bolsa paulista tinha o Ibovespa em alta de mais de 1% nesta segunda-feira, com as ações da BRF entre os principais suportes, enquanto agentes financeiros monitoram desdobramentos relacionados ao coronavírus na China.

Às 12:33, o Ibovespa subia 1,12%, a 115.037,57 pontos. O giro financeiro da sessão somava 7,3 bilhões de reais.

O Ibovespa acumulou queda de cerca de 4% na semana passada, encerrando o janeiro com decréscimo de 1,6%.

Os mercados acionários na China despencaram na volta do feriado do Ano Novo Lunar, como esperado, ajustando-se aos receios ligados ao coronavírus, que emergiu na cidade de Wuhan em dezembro e já matou mais de 360 pessoas.

O banco central chinês injetou o equivalente a 173,8 bilhões de dólares em liquidez nos mercados em forma de operações de recompra (repos) reversa. Nos pregões na Europa e EUA, as medidas apoiavam alguma recuperação após uma semana de perdas.

Em Wall Street, o S&P 500 subia mais de 1%.

No Brasil, a semana começou com agentes financeiros na expectativa da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central na quarta-feira, com a maioria das apostas no sentido de um corte de 0,25 ponto percentual da Selic, a 4,25%.

E o retorno do Congresso Nacional nesta segunda também direciona os holofotes para a pauta de reformas, em particular a tributária, enquanto os investidores seguem atentos à temporada de balanços, que deslancha nesta semana.

Portfólios compilados pela Reuters mostram estrategistas relativamente cauteloso com as ações brasileiras em fevereiro, citando incertezas externas, embora os fundamentos do país continuem positivos.

Para a equipe do BTG Pactual, embora seja muito cedo para fazer uma avaliação concreta do impacto do coronavírus na economia global, o 'sell off' do mês passado pode ter criado um oportunidade de aumentar a exposição às ações brasileiras.

Destaques da Bolsa

- BRF ON subia 1,03%, tendo no pano de fundo notícia de que a China registrou um surto de uma cepa altamente patogênica do vírus H5N1, de gripe aviária, em uma fazenda na cidade de Shaoyang, província de Hunan. As autoridades sacrificaram 17.828 aves após o surto. No setor, JBS ON valorizava-se 2,6%.

- VIA VAREJO ON tinha elevação de 3,9%, com papéis do setor de varejo como um todo no azul, incluindo de vestuário, com CIA HERING ON em alta de 3,5%.

- COGNA ON tinha acréscimo de 2,1%, revertendo a queda do começo do pregão, quando recuou 3,6%, após anunciar na sexta-feira à noite oferta primária de ações que pode movimentar pelo menos 2 bilhões de reais. A precificação é prevista para 11 de fevereiro. YDUQS ON subia 3,95%.

- BRADESCO PN avançava 3,83%, endossando a recuperação do Ibovespa, tendo no radar o resultado trimestral no próximo dia 5. ITAÚ UNIBANCO PN subia 1,31%.

- PETROBRAS PN valorizava-se 0,74%, apesar do declínio dos preços do petróleo no exterior, enquanto PETROBRAS ON crescia 0,53%, em semana marcada pela oferta secundária de ações ON da petrolífera detidas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que será precificada na quarta-feira.

- VALE ON valorizava-se 0,5%, apesar do tombo do preço do minério de ferro na China, acompanhando a recuperação na bolsa como um todo.

- IRB BRASIL ON desabava 10%, entre as poucas quedas do Ibovespa. Os papéis eram pressionados por carta da Squadra Investimentos apontando grande disparidade entre preço e valor nas ações do IRB, citando indícios que apontam para lucros normalizados (recorrentes) significativamente inferiores aos lucros contábeis reportados nos balanços da empresa. Em nota, o IRB ressaltou que suas demonstrações financeiras são elaboradas segundo as normas contábeis e atuariais vigentes com absoluta precisão, passando por um rigoroso processo de governança, e que avalia medidas legais.

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