Mercados

BoJ inicia medidas de estímulo com compra de bônus da dívida

O Banco do Japão comprou 1,2 trilhão de ienes (quase 9,4 bilhões de euros) em bônus de dívida pública a longo prazo


	Notas de Iene: o BOJ se propôs a conseguir que a inflação seja de 2% anualizada em um prazo não superior a dois anos
 (Yoshikazu Tsuno/AFP)

Notas de Iene: o BOJ se propôs a conseguir que a inflação seja de 2% anualizada em um prazo não superior a dois anos (Yoshikazu Tsuno/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2013 às 14h00.

Tóquio - O Banco do Japão (BOJ) iniciou nesta segunda-feira, com a compra de 1,2 trilhão de ienes (quase 9,4 bilhões de euros) em bônus de dívida pública a longo prazo, seu novo programa de estímulo focado em injetar liquidez aos mercados financeiros e acabar com a deflação.

Como parte das medidas anunciadas na quinta-feira passada após sua reunião mensal, o BOJ comprará neste mês, e em um total de cinco operações, 6,2 trilhões de ienes (48,5 bilhões de euros) em bônus de dívida japoneses com vencimento de mais de cinco anos.

A primeira operação realizada hoje representa o tiro de largada do contundente programa de flexibilização monetária impulsionado pelo novo governador da instituição, Haruhiko Kuroda.

A medida pretende dobrar a base monetária (dinheiro em circulação e reservas que as instituições tem no BOJ) nos próximos dois anos mediante a compra do dobro de dívida pública e de ativos financeiros de maior risco, com o objetivo de acabar com a deflação que abate o país há 15 anos.

Neste sentido, o BOJ se propôs a conseguir que a inflação seja de 2% anualizada em um prazo não superior a dois anos.

Para o próximo mês, o BOJ planeja comprar 7,44 trilhões de ienes (quase 58,2 bilhões de euros) em bônus do Estado, em um total de seis operações ao longo de todo o mês.

Além de dívida, o BOJ planeja realizar também a compra de ativos financeiros menos seguros, como fundos negociáveis no mercado ou fundos de investimento imobiliário.

Desde que o BOJ anunciou suas novas medidas para impulsionar a deficitária economia japonesa, a Bolsa de Tóquio acompanhou com fortes altas as medidas de Kuroda.

Neste sentido, hoje o índice seletivo dabolsa disparava 2,8%, superando pela primeira vez desde agosto de 2008 a faixa dos 13.000 pontos. 

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaJapãoMercado financeiroPaíses ricosTítulos públicos

Mais de Mercados

Casas Bahia reduz prejuízo e eleva margens, mas vendas seguem fracas; CEO está confiante na retomada

Tencent aumenta lucro em 47% no 3º trimestre com forte desempenho em jogos e publicidade

Ações da Americanas dobram de preço após lucro extraordinário com a reestruturação da dívida

Na casa do Mickey Mouse, streaming salva o dia e impulsiona ações da Disney