Bofa: fundos de ações registraram saídas de US$ 3,9 bilhões na semana até 24 de maio (Jin Lee/Bloomberg/Bloomberg)
Agência de notícias
Publicado em 26 de maio de 2023 às 11h27.
Há três anos os investidores globais vêm aumentando as alocações em renda variável, mas o impulso parece ter se esgotado, segundo Michael Hartnett, do Bank of America.
O estrategista ressalta dados que mostram que os investidores têm tirado dinheiro de fundos de ações e colocado em fundos de títulos ou de ativos de alta liquidez do mercado monetário.
Os fundos de ações registraram saídas de US$ 3,9 bilhões na semana até 24 de maio, a terceira seguida de resgates líquidos, e os fluxos no ano agora estão no zero a zero, segundo relatório do banco, com base em dados da EPFR Global.
Enquanto isso, cerca de US$ 756 bilhões entraram em fundos de alta liquidez, equivalentes a dinheiro em caixa, até agora este ano, o maior fluxo positivo desde 2020.
E à medida que a campanha de aperto monetário do Federal Reserve continua a impactar os mercados e apertar as condições financeiras, “esperamos que outro período de aversão ao risco volte no final de junho”, disse Hartnett.
Depois de subir mais de 8% nos primeiros quatro meses do ano, o índice S&P 500 anda de lado em maio, à medida que os EUA enfrentam o risco de um default técnico e crescem as preocupações com uma recessão.
O quadro dos fluxos para a renda variável em 2023 começa a parecer muito diferente do padrão dos últimos anos. Nos últimos três anos, os fundos de ações registraram ingressos líquidos de US$ 175 bilhões, US$ 949 bilhões e US$ 182 bilhões, respectivamente, disseram os estrategistas do BofA.
Hartnett, que previu corretamente a derrocada das ações no ano passado, recomendou vender S&P 500 a 4.200 pontos — cerca de 1% acima do último fechamento do índice.