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Boeing vai comprar fornecedora de porta que caiu em pleno voo

A Boeing desmembrou a Spirit AeroSystems em 2005, mas continuou sendo seu maior cliente

Empresa tem passado nos últimos meses por uma série de episódios envolvendo a segurança de seus aviões (Jeff Halstead/Icon Sportswire/Getty Images)

Empresa tem passado nos últimos meses por uma série de episódios envolvendo a segurança de seus aviões (Jeff Halstead/Icon Sportswire/Getty Images)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 1 de julho de 2024 às 06h22.

A Boeing decidiu comprar a Spirit AeroSystems, fornecedora de peças para aeronaves, por US$ 4,7 bilhões após meses de negociações. A rival Airbus também estava na disputa.

Segundo o Financial Times, o valor total da transação será de cerca de US$ 8,3 bilhões - isso inclui última dívida líquida reportada pela Spirit. A Boeing disse que espera que o acordo seja fechado em meados de 2025.

O fornecedor aeroespacial, que fabrica a fuselagem do jato 737 Max da Boeing, está sob escrutínio devido a problemas de produção que retardaram a produção da aeronave. No ano passado, o presidente-executivo da Spirit foi substituído pelo ex-executivo da Boeing, Patrick Shanahan.

A Boeing tem passado nos últimos meses por uma série de episódios envolvendo a segurança de seus aviões, incluindo o de uma porta que se abriu em pleno voo em janeiro deste ano.

A Spirit fechou com a Boeing após chegado a um acordo separado com a Airbus, com o grupo europeu assumindo partes do trabalho do fornecedor aeroespacial em alguns dos seus principais programas.

Como parte disso, a Airbus assumirá o trabalho que a Spirit faz para os seus programas de aeronaves A220 e A350 em vários locais ao redor do mundo, incluindo Irlanda do Norte, EUA, França e Marrocos.

A Airbus receberá US$ 559 milhões em compensação da Spirit por assumir o trabalho, com a fabricante europeia de aviões pagando um valor simbólico de US$ 1 pelos ativos.

A Boeing está em negociações com a Spirit desde março. A Boeing desmembrou a fabricante de peças em 2005, mas continuou sendo seu maior cliente. A empresa disse que recomprar o fornecedor da companhia aérea aumentaria a segurança em seu processo de produção.

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