Bolsas chinesas (VCG/VCG/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 8 de agosto de 2019 às 06h36.
Última atualização em 8 de agosto de 2019 às 06h53.
No vaivém que tomou conta do mercado acionário nos últimos dias, com reiterados ataques entre China e Estados Unidos, a quinta-feira pode ser um dia de trégua para os investidores. Ao menos na teoria.
Durante a madrugada o governo chinês anunciou dados surpreendentemente bons para sua balança comercial, e limitou as quedas do iuane para 7 contra do dólar. As exportações chinesas subiram 3,3% em julho em relação ao mesmo mês de 2018, ante previsões de uma queda de 2%, enquanto as importações caíram menos que o esperado pelos investidores.
O somatório de notícias fez o ínidce MSCI, que une papeis asiáticos fora do Japão, subiu 0,9%, após cair mais de 7% nas últimas duas semanas. O índice Nikkei, de Tóquio, subiu 0,5%; Xangai avançou 0,9%; Hong Kong, 0,5%.
Os Estados Unidos ofereceram algum alívio aos investidores ontem, quando o presidente do Federal Reserve de Chicago sinalizou a possibilidade de um novo corte na taxa de juros norte-americana, após a redução anunciada na semana passada. Na Europa, o Banco da França anunciou em sua pesquisa de julho que a segunda maior economia do continente pode ter acelerado seu crescimento.
São fagulhas de boas notícias, mas às quais os investidores devem se agarrar após a leva de decepções dos últimos dias. O pano de fundo continua o mesmo, com receio crescente de uma recessão global, o que deve impulsionar a volatilidade nas próximas semanas. O Vix, o índice que mede a possível volatilidade no índice S&P 500 para o próximo ano, fechou a quarta-feira em 19,45, pouco abaixo dos 20 pontos que indicam alta tensão no ar.
No Brasil, a aprovação sem alterações do texto base da reforma da Previdência na Câmara desanuvia em parte as incertezas para a Economia. Mas as atenções agora se voltam para o Senado, onde um grupo de parlamentares fala em trazer de volta a capitalização, em retirar as isenções e em incluir estados e municípios no projeto. O Senado deve levar de 45 a 65 dias para apreciar a reforma. Emoção à frente.