Bovespa: a partir da revisão de setembro, as participações serão apuradas integralmente pelo novo método, segundo o modelo de implementação gradual (Dado Galdieri/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 22 de agosto de 2013 às 11h00.
São Paulo - A BM&FBovespa avalia duas alternativas para a implementação de nova metodologia de cálculo do principal indicador da bolsa paulista, o Ibovespa, podendo optar por uma forma escalonada a partir de janeiro de 2014 ou de uma vez no início do próximo ano.
Na forma escalonada, a bolsa sugere que na revisão do índice em janeiro, dois terços da participação dos ativos será determinada pelo critério anterior de cálculo, enquanto o restante será feito pelo novo método.
Na revisão seguinte, em maio, a determinação da participação de cada ativo considerará um terço do critério antigo e dois terços do novo.
Com isso, a partir da revisão de setembro, as participações serão apuradas integralmente pelo novo método, segundo o modelo de implementação gradual.
A bolsa disse em comunicado que deve informar ao mercado decisões tomadas sobre mudanças no índice até 13 de setembro.
Na nova metodologia, uma das principais mudanças, que já era reivindicação do mercado, é a exclusão do índice de ações consideradas "penny stocks" --papéis cujo valor médio no período entre dois rebalanceamentos do índice seja inferior a 1 real.
É o caso dos papéis da OGX, que valem atualmente cerca de 0,70 real e possuem um dos maiores pesos no Ibovespa.
Entre os novos critérios para a composição do índice uma ação deve ser negociada em 95 por cento dos pregões no período de vigência de três carteiras anteriores, e não mais 80 por cento.
Para fazer parte do Ibovespa, a ação ainda deve estar entre os papéis cujos índices de negociabilidade --calculados com base no número de negócios e no volume financeiro gerados por ela-- somem mais de 85 por cento dos índices individuais da bolsa, e não mais 80 por cento.
A bolsa afirmou ter discutido as mudanças com um grupo de trabalho composto por membros de gestoras de recursos, empresas, corretoras e bancos, entre outros. Até tomar novas decisões, deve fazer novas consultas ao mercado, "principalmente a entidades de classe do mercado, com o objetivo de ter mais subsídios e assim buscar uma melhor decisão".