Mercados

BM&FBovespa cria taxas de juros referenciais

As novas taxas terão prazo de três e seis meses e serão calculadas com base nos contratos futuros de Depósito Interfinanceiro

Indicadores na BM&FBovespa (Germano Lüders/EXAME)

Indicadores na BM&FBovespa (Germano Lüders/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2011 às 18h34.

A BM&FBovespa SA começa a divulgar diariamente, a partir da próxima terça-feira, dois novos indicadores de taxas de juros, na intenção de torná-los referência para o mercado de renda fixa, disse o diretor de Renda Fixa e Câmbio da companhia, Sérgio Goldenstein.

Resultado de um trabalho conjunto entre o governo federal e entidades privadas, as novas taxas terão prazo de três e seis meses e serão calculadas com base nos contratos futuros de Depósito Interfinanceiro, disse hoje o diretor.

“É uma medida importante para fortalecer o mercado de renda fixa,” disse Goldenstein em entrevista por telefone, de São Paulo. “E pode estimular a liquidez no mercado secundário.”

O governo anunciou em dezembro medidas para tentar dar impulso ao financiamento de longo prazo, que incluíram cortes de impostos e a criação de um fundo para dar maior liquidez ao mercado secundário de títulos corporativos.

As medidas têm o potencial de aumentar as ofertas desses papéis para R$ 70 bilhões por ano, disse o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Luciano Coutinho, em 16 de dezembro. Ano passado, as empresas brasileiras levantaram R$ 49 bilhões com a emissão de debêntures, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais.

Segundo Goldenstein, os novos índices oferecem ao mercado uma alternativa de juros com prazos mais longos para indexação de títulos de renda fixa privados como debêntures, letras financeiras e notas promissórias.

Os novos indicadores serão divulgados todos os dias, a partir das 17h, na página de “preços referenciais”, do site da BM&FBovespa. As duas taxas terão uma série histórica iniciada em janeiro de 2009, disse Goldenstein.

Acompanhe tudo sobre:AçõesB3Bancosbolsas-de-valoresEmpresasEmpresas abertasFinançasservicos-financeiros

Mais de Mercados

Casas Bahia reduz prejuízo e eleva margens, mas vendas seguem fracas; CEO está confiante na retomada

Tencent aumenta lucro em 47% no 3º trimestre com forte desempenho em jogos e publicidade

Ações da Americanas dobram de preço após lucro extraordinário com a reestruturação da dívida

Na casa do Mickey Mouse, streaming salva o dia e impulsiona ações da Disney