Para Fink, talvez haja mais segurança em ações ou em dívidas corporativas emitidas por grandes empresas do que nos títulos do Tesouro americano (Matthew Furman)
Da Redação
Publicado em 29 de junho de 2011 às 18h15.
São Paulo – Conhecido como um dos investidores mais respeitados, Larry Fink, CEO da BlackRock, maior gestora de fundos do mundo, anunciou nesta quarta-feira (29) que, se pudesse, apostaria todo seu dinheiro no mercado de ações. O executivo criticou os investidores que apostam em fundos de hedge.
Em declaração à rede de TV americana CNBC durante um fórum de fundos em Mônaco, Fink revelou que “não tem medo de comprar títulos do Tesouro dos Estados Unidos”, mas que, caso pudesse, ele elevaria para 100% a sua exposição na renda variável.
“As ações estão historicamente baratas. Mas as pessoas ainda insistem em sair de ações e pagar entre 2% a 20% o nos fundos de hedge esperando retornos melhores”, afirmou. Segundo ele, a coisa mais “estúpida” que um investidor pode fazer é apostar em algo cujo retorno lhe renda apenas 3% ou menos.
Dívida Pública
O CEO da BlackRock comentou também sobre a crise de dívida pública que afeta não apenas países da Europa, como também a maior economia do mundo. Segundo Fink, o “perigo” nos Estados Unidos está longe de terminar.
Questionado sobre o cenário na Europa, o executivo previu que a situação deve piorar, principalmente na medida em que “os líderes de países pedem mais e mais por pacotes de ajuda”, além do fato de que os europeus vão enfrentar um declínio em sua qualidade de vida, estimou.
“As empresas estão mais fortes do que nunca. Elas possuem bastante dinheiro em caixa, o que também pode ser um problema, já que não estão investindo”, declarou Fink. “Se você está preocupado com os títulos soberanos com o mercado de títulos do Tesouro americano, talvez encontre mais segurança em ações fortes ou em dívidas corporativas emitidas por grandes empresas”, aposta o CEO da BlackRock.
Confira abaixo a entrevista de Larry Fink à CNBC: