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BlackRock prevê crescimento ’agressivo’ no Brasil em 2012

Administradora também prepara o lançamento de fundos negociados em bolsas, ou ETFs, para renda fixa

O Ibovespa acumula queda de 16% no ano (Germano Lüders/EXAME.com)

O Ibovespa acumula queda de 16% no ano (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2011 às 14h58.

Rio de Janeiro - A BlackRock Inc., maior administradora de recursos do mundo, prevê um crescimento “agressivo” no Brasil no ano que vem e prepara o lançamento de fundos negociados em bolsas, ou ETFs, para renda fixa.

“Temos projeção de crescimento agressivo no business”, disse o diretor-presidente para o Brasil da gestora, Luiz Felipe Andrade, em entrevista por telefone de São Paulo, em 9 de novembro, sem revelar a projeção de expansão. “Se o mercado der uma ajudazinha, e dependendo do razoável, queremos crescer no ano que vem bem mais que os 30 por cento deste ano”, disse ele, referindo-se ao aumento no número de cotas.

A empresa, com sede em Nova York, pretende oferecer os novos ETFs de títulos públicos assim que a legislação permitir. Segundo Andrade, que também preside a comissão de ETFs da Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais, outras instituições também pretendem lançar produtos desse tipo, assim que houver a regulamentação.

A Comissão de Valores Mobiliários está estudando autorizar esse tipo de produto no Brasil a pedido da Anbima e pretende colocar a regras em consulta pública no primeiro semestre do ano que vem, disse a superintendente de Desenvolvimento do Mercado da CVM, Flávia Mouta Fernandes, em entrevista por telefone do Rio no dia 7 de novembro.

Demanda por ETFs

“A gente entende que a CVM tem outros assuntos em pauta e não pode fazer tudo ao mesmo tempo”, disse Andrade. “Mas, como instituição, para nós, quanto mais cedo, melhor.”

Os ETFs permitem diversificar o investimento em uma carteira de papéis e as cotas são em geral de valor menor que a aplicação exigida para um único papel, de acordo com Andrade. O executivo citou como exemplo o ETF da BlackRock, que replica o Ibovespa e tem cotas a partir de R$ 500. De acordo com ele, há uma demanda maior por carteiras de títulos que por títulos individuais.

A unidade brasileira da BlackRock tem mais de R$ 1 bilhão sob administração, tudo em ETFs de renda variável, e tem tido captação positiva em 2011, disse Andrade. O patrimônio cresceu “pouco porque o mercado caiu”, disse ele.

O Ibovespa acumula queda de 16 por cento no ano. A BlackRock é a maior gestora de ETFs do mundo, administrando US$ 620 bilhões do US$ 1,4 trilhão dessa indústria globalmente.

A gestora quer agregar à sua plataforma global “expertise local, sobretudo em renda fixa”, disse Andrade. Ele disse que está prevista a contratação de pessoal para a administradora de recursos no ano que vem, sem revelar a quantidade.

“Vamos contratando à medida que o business for crescendo.”

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