Sede da BlackRock (BLAK34) (Bloomberg/Exame)
A BlackRock (BLAK34), maior gestora de ativos do mundo, divulgou nesta sexta-feira, 15, os resultados do segundo trimestre de 2022.
O lucro líquido da BlackRock caiu 30% entre abril e junho, chegando em US$ 1,12 bilhão, contra o US$ 1,61 bilhão registrado no mesmo período do ano passado.
A receita no trimestre caiu 6%, chegando em US$ 4,53 bilhões, contra os US$ 4,82 do mesmo período do ano passado.
O mercado estava prevendo um lucro de US$ 1,23 bilhão e uma receita de US$ 4,55 bilhões.
Os ativos totais no segundo trimestre foram de US$ 8,49 trilhões, uma queda de 11% em relação aos US$ 9,5 trilhões do ano anterior.
Entretanto, as captações líquidas trimestrais subiram para US$ 90 bilhões, dos US$ 81 bilhões capitados há 12 meses.
As margens operacionais foram reduzidas para 43,7%, prejudicadas por despesas mais altas com tecnologia, viagens e entretenimento, mesmo com a queda das receitas.
A divisão de tecnologia da empresa se destacou positivamente, com as receitas aumentando aumentou 5% na comparação anual.
Segundo o CEO da BlackRock, Larry Fink, esse resultado foi provocado por "alta inflação, taxas crescentes e o pior início de ano para ações e títulos em meio século, com índices globais de ações e renda fixa caindo 20% e 10%, respectivamente".
"O primeiro semestre de 2022 trouxe um ambiente de investimentos que não víamos há décadas", disse Fink, salientando como "Ao longo dos 34 anos de história da BlackRock, passamos por vários períodos de volatilidade e incerteza, e a BlackRock sempre se fortaleceu. É em períodos como esses que nos diferenciamos ainda mais com os clientes e aprofundamos ainda mais esses relacionamentos".
O executivo salientou como enxerga "mais oportunidades para a BlackRock hoje do que nunca e continuo confiante em nossa capacidade de oferecer crescimento de longo prazo para nossos clientes, acionistas e funcionários".
Desde o começo do ano, as ações da BlackRock perderam cerca de 35% de seu valor de mercado.