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Bitcoins de graça? Bolsa japonesa de criptomoedas enfrenta erro

Bolsa cancelou os negócios após descobrir o erro, que aconteceu em 16 de fevereiro, e nenhum dos investidores conseguiu lucrar com o ocorrido

Criptomoedas: bitcoins foram compradas gratuitamente graças a um erro na bolsa do Japão (Getty Images/Getty Images)

Criptomoedas: bitcoins foram compradas gratuitamente graças a um erro na bolsa do Japão (Getty Images/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 21 de fevereiro de 2018 às 17h38.

Última atualização em 21 de fevereiro de 2018 às 18h15.

Tóquio - Um erro em uma bolsa japonesa de criptomoedas permitiu que investidores comprassem bitcoins gratuitamente durante um curto período de tempo, embora nenhum deles tenha conseguido lucrar com o ocorrido.

Zaif, uma das plataformas registradas pelo governo e administrada pela Tech Bureau, anunciou na terça-feira que o sistema permitiu que os clientes comprassem bitcoin sem pagar o valor em yen durante 20 minutos na semana passada.

A bolsa cancelou os negócios após descobrir o erro, que aconteceu em 16 de fevereiro - embora ainda estivesse tentando resolver o problema com um cliente que tentou transferir os bitcoins adquiridos na plataforma, disse um porta-voz à Reuters.

O operador da Zaif já enfrentou verificações após o roubo do mês passado de 530 milhões de dólares em dinheiro digital da Coincheck, com reguladores que temiam que seus sistemas estivessem vulneráveis a ataques cibernéticos.

O episódio pode chamar mais atenção para segurança e sistemas em trocas de criptomoedas, que já estão em alerta desde o episódio de Coincheck. O roubo também atraiu questionamentos sobre o sistema japonês de supervisão das bolsas.

A Zaif é uma das 16 plataformas registradas no governo, que no ano passado permitiu que ainda mais 16 bolsas- incluindo Coincheck - continuarem operando sem um registro completo.

As bolsas registradas formarão um órgão autorregulatório a partir de abril, disseram fontes à Reuters. Eles originalmente planejaram unir dois órgãos atuais da indústria representando as plataformas registradas e as não registradas.

O órgão definirá regras sobre questões como a segurança e a publicidade cambial, além de apresentar penalidades para os membros que não seguem as políticas, informou o jornal Nikkei nesta quarta-feira.

O Japão lançou em 2016 o primeiro sistema mundial de supervisionamento do comércio de criptomoedas, com objetivo de proteger clientes e eliminar os usos ilegais de moedas digitais, na medida em que buscava sustentar um setor jovem e promissor.

O regulador optou por regras relativamente leves para ajudar a cultivar a indústria, principalmente povoada por startups. O choque de Coincheck expôs as falhas no sistema e levantaram questionamentos sobre o papel do Japão como regulador do setor em meio à repressão de países como China e Índia.

O bitcoin subiu mais de 1.300 por cento no ano passado, mas perdeu cerca de metade do seu valor este ano, com governos e bancos centrais anunciando possíveis medidas de repressão.

 

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