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Bitcoin ultrapassa os US$ 9 mil e renova máxima histórica

No acumulado de 12 meses, a criptomoeda aponta valorização de quase 1.200%, com alta de 16,85% somente nos últimos sete dias

BITCOIN: a Oferta Inicial de Moedas está impulsionando startups em ritmo impressionante  /  (Benoit Tessier/Reuters)

BITCOIN: a Oferta Inicial de Moedas está impulsionando startups em ritmo impressionante / (Benoit Tessier/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de novembro de 2017 às 10h47.

Última atualização em 28 de novembro de 2017 às 10h03.

São Paulo - A bitcoin voltou a quebrar recordes e ultrapassou a marca dos 9 mil dólares. No último domingo, a criptomoeda chegou à cotação de 9.396,30 dólares, de acordo com a CoinDesk, uma das maiores consultorias do setor de criptomoedas.

Nesta segunda-feira, a criptomoeda renovou a máxima, cotada a US$ 9.643,12, após subir 3,4%.

No acumulado de 12 meses, a bitcoin aponta valorização de quase 1.200%. Somente nos últimos sete dias, a alta foi de 16,85%.

Com isso, o valor de mercado total da bitcoin passou dos US$ 151 bilhões -- superando o valor de companhias tradicionais como McDonald's, Disney e General Electric.

"O preço da bitcoin vem superando, até o momento, o ceticismo dos investidores. Os detentores de bitcoin estão relutantes em vender porque esperam que o preço continue aumentando, e a mesma mentalidade é adotada pelos potenciais compradores", comentou o economista da BMO Capital Markets, Sal Guatieri, em nota a clientes. Para ele, a menos que a psicologia do mercado mude de forma abrupta, "a bitcoin deve continuar a escalada vista nos últimos dias".

O economista aponta, ainda, que o atual clima visto nos mercados financeiros é um fator que apoia a expansão das criptomoedas em geral. Nos mercados acionários americanos, os três principais índices - Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq - têm renovado diversos recordes, apoiados, em grande parte, nos ganhos de papéis de gigantes de tecnologia. As ações da Netflix, por exemplo, tiveram valorização de 73% em um ano, enquanto os papéis da Apple subiram 58%.

Na última semana, o CME Group, uma das maiores bolsas de opções do mundo, detalhou os planos para o início das vendas de contratos futuros de bitcoin, previsto para 11 de dezembro, caso não haja contratempos regulatórios.

Cada contrato será composto por 5 BTC e utilizará os índices de preço de bitcoin já existentes no CME Group. Para Guatieri, da BMO Capital Markets, esse pode ser um teste importante para a criptomoeda.

Também na semana passada, a gestora francesa de ativos Tobam anunciou a criação do primeiro fundo de investimentos atrelado a bitcoin.

Em comunicado à imprensa, a gestora disse que, apesar da bitcoin ser propenso a riscos significativos, incluindo um nível de volatilidade muito alto, ele também é "um ativo altamente diverso". A Tobam disse acreditar que a bitcoin e outras criptomoedas têm potencial para se tornar "duráveis nos mercados financeiros".

A criptomoeda, no entanto, é vista com ceticismo por alguns executivos. Questionado sobre se o JP Morgan tinha corretores que negociam bitcoins, o diretor executivo do banco, James Dimon, afirmou que "se tivéssemos um trader que negociou bitcoins, eu o demitiria. Isso é contra as nossas regras e é estúpido". Para ele, a moeda virtual é "uma fraude" e irá ruir eventualmente.

Na última sexta-feira, 24, o presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, disse que a instituição irá coibir ilícitos e bolhas no mercado de moedas virtuais, apesar de ter ponderado que as tecnologias empregadas nas transações das criptomoedas poderão ser utilizadas para outras finalidades.

Há duas semanas, o BC publicou um comunicado alertando para os riscos de operações com criptomoedas.

Com informações do jornal O Estado de S. Paulo.

 

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