Bitcoin: às 12h19 (de Brasília), o bitcoin subia para US$ 11.321,39 (Stephane de Sakutin/AFP)
Estadão Conteúdo
Publicado em 29 de novembro de 2017 às 13h04.
Nova York - Horas depois de ultrapassar a marca de US$ 10 mil, o bitcoin já escalou para além dos US$ 11 mil, marcando o mais recente recorde da moeda virtual. O rali transformou o bitcoin de mera curiosidade para assunto quente entre os investidores conservadores.
Às 12h19 (de Brasília), o bitcoin subia para US$ 11.321,39, depois de bater a máxima de US$ 11.377,33 minutos antes, de acordo com a cotação registrada pela CoinDesk, principal consultoria do setor. É uma das altas mais notáveis num ano, em geral, positivo para os preços de ativos.
Nos últimos meses, investidores resolveram deixar de lado as dúvidas sobre o uso de bitcoin em atividades ilícitas e mudaram o enfoque para o potencial transformador da tecnologia por trás da moeda e a perspectiva de que o bitcoin poderia substituir o ouro como um investimento para comprar quando a confiança em outras moedas cair.
"Agora nós temos milhões de usuários ativos", disse Peter Smith, executivo-chefe de serviços de bitcoin na Blockchain.info. "Nós não tínhamos um milhão no ano passado".
Grandes instituições, como o CME Group e o Goldman Sachs, demonstraram entusiasmo com o bitcoin recentemente e começaram a explorar produtos baseados na moeda virtual. O CME anunciou o lançamento de contratos futuros com base em bitcoin na segunda semana de dezembro.
A recente apreciação do bitcoin entre investidores ainda gera controvérsias. Ontem, o primeiro-ministro da Coreia do Sul, Lee Nak-yon, alertou que a isca de dinheiro rápido poderia se mostrar prejudicial e encorajar o crime.
Apesar dos números surpreendentes, a maior parte dos investidores individuais não estão ganhando tanto dinheiro com o rali. Cerca de 75% das carteiras de bitcoin têm menos de 0,1 bitcoin, de acordo com o BitInfoCharts. Fonte: Dow Jones Newswires.